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RIO BRANCO

Moradores de Rio Branco protestam contra instalação do Centro POP no Castelo Branco

Publicado em

Foto: David Medeiros

Um protesto acirrado marcou a manhã desta sexta-feira (16) em Rio Branco. Moradores dos bairros Castelo Branco, Volta Seca, Morro do Marrosa e adjacências bloquearam a rua Bola Preta em manifestação contra a possível instalação de um novo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) na região. A falta de diálogo com a comunidade e o temor de aumento da criminalidade motivaram a mobilização que causou congestionamento no trânsito da cidade.

A principal queixa dos manifestantes é a ausência de consulta prévia por parte da prefeitura. Edmilson Soares, presidente do bairro Volta Seca, expressou a indignação da comunidade: “O prefeito, sem consultar ninguém, decidiu instalar o Centro POP aqui, alugando uma mansão para abrigar mais de 300 moradores de rua. “Os moradores temem um aumento significativo nos índices de criminalidade, citando assaltos, arrombamentos e abordagens a crianças como problemas já existentes no bairro, que seriam exacerbados com a chegada do Centro POP. Cartazes com a frase “Não aceitamos o Centro POP no nosso bairro” reforçaram o sentimento de rejeição.

O protesto, que durou várias horas, contou com a presença do presidente do bairro Castelo Branco, João Márcio, que garantiu a continuidade da mobilização até que haja uma resposta definitiva da prefeitura. Representantes da comunidade buscaram apoio do Ministério Público, que prometeu analisar o caso. A manifestação, acompanhada pela Polícia Militar e agentes da RBTrans, manteve-se pacífica apesar de alguns momentos de tensão com motoristas que tentaram furar o bloqueio.

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A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos confirmou que a escolha da nova sede do Centro POP ainda não é definitiva. Três imóveis foram avaliados, sendo o da rua Bola Preta considerado o mais adequado. A secretária João Marcos Luz justificou a mudança alegando problemas estruturais na sede atual, condenada pela Defesa Civil, e a presença de tráfico e uso indevido do serviço por pessoas que não se enquadram no público-alvo. A decisão final dependerá de um parecer da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esperado em até 15 dias.

O impasse entre a prefeitura e os moradores demonstra a necessidade urgente de diálogo e transparência. A administração municipal precisa encontrar uma solução que atenda às necessidades da população em situação de rua, sem ignorar as preocupações legítimas dos moradores dos bairros afetados. A falta de comunicação prévia e a ausência de um plano de integração da comunidade com o serviço agravaram a situação, gerando um clima de tensão e protesto. A expectativa é que, nos próximos dias, um consenso seja alcançado para evitar novos conflitos.

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