RIO BRANCO
Entidades de Segurança Pública do Acre repudiam divulgação de reajuste salarial pelo Governo

A Frente Única dos Operadores de Segurança Pública do Acre divulgou nota de repúdio à forma como o governo estadual anunciou o pagamento da terceira parcela de reajuste salarial aos servidores. A nota, publicada nas redes sociais, critica a divulgação do percentual de 5,08% como “pagamento do reajuste anual”, argumentando que essa informação distorce a realidade e desrespeita os profissionais da segurança.
Representantes dos Bombeiros Militares, Policiais Civis, Militares e Penais assinam o documento, afirmando que o reajuste anunciado é apenas uma correção inflacionária obrigatória por lei, e não representa ganho real ou valorização salarial. O texto enfatiza a inaceitabilidade de apresentar como conquista algo que é uma obrigação legal, principalmente em um cenário de perda do poder de compra e desvalorização salarial.
A nota destaca que o percentual anunciado pelo governo (5,08%) não compensa as perdas acumuladas desde 2018. Enquanto o IPCA acumulou uma inflação de 43,16% nesse período, o reajuste concedido pelo governo desde 2022 totaliza apenas 20,66%, resultando em um déficit de 22,5% na recomposição salarial.
As entidades criticam a tentativa do governo de maquiar a ausência de políticas públicas efetivas de valorização profissional, considerando ações pontuais como o auxílio-alimentação de R$ 420 e a convocação de aprovados em concursos insuficientes para atender à demanda como medidas paliativas que não compensam a falta de valorização real e estruturada.
A nota finaliza reiterando o compromisso das entidades em defender os direitos da categoria e combater a desinformação, buscando garantir a dignidade, o respeito e a justiça salarial dos trabalhadores da segurança pública do Acre. A mensagem deixa claro que a correção inflacionária não se equipara a um aumento salarial real, e que a luta pela valorização profissional continuará.
