Morre aos 85 anos o juiz aposentado Heitor Andrade Macedo

O Acre se despede de Heitor Andrade Macedo, juiz aposentado que faleceu aos 85 anos em Rio Branco no dia 24 de maio de 2025. Sua partida deixa um vazio na comunidade jurídica acreana, onde era admirado por sua dedicação à justiça e pelo respeito que cultivava com colegas e servidores. Mais do que um juiz respeitado, Heitor deixou um legado de resiliência e superação, construído a partir de uma vida repleta de desafios e conquistas.

O velório, realizado na capela central do Cemitério Morada da Paz, culminou em seu sepultamento no dia 25 de maio. O presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargador Laudivon Nogueira, expressou suas condolências em nome de toda a corte, destacando a profunda tristeza pela perda e oferecendo solidariedade aos familiares e amigos.

A Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), em nota assinada pela juíza Olívia Ribeiro, também lamentou a morte, reforçando o pesar da categoria e manifestando solidariedade aos entes queridos. A deputada estadual Maria Antônia, cunhada de Heitor, compartilhou uma comovente mensagem nas redes sociais, descrevendo-o como um “homem íntegro, dedicado à Justiça e à família”, cujo legado de honra e dignidade perdurará na memória de todos que o conheceram.

Uma trajetória de superação:

A vida de Heitor Macedo transcende a sua carreira jurídica. Nascido em 23 de janeiro de 1940, no seringal “Prosperidade” em Rondônia, ele enfrentou desde cedo as dificuldades da vida. Órfão de pai aos dois anos, cresceu em meio a privações, ajudando sua mãe no sustento da família. Sua trajetória é um exemplo de determinação e superação.

Autodidata, ele se alfabetizou com esforço e se tornou um leitor voraz. Sua trajetória profissional foi marcada por uma diversidade de experiências: de gerente de banco a professor de Língua Portuguesa, passando por gerente de empresas e presidente do Rotary Club. Sua liderança se estendeu também à maçonaria e ao mundo do futebol, onde atuou como vice-presidente da Federação Acreana de Futebol.

Heitor era um homem de múltiplos talentos e conquistas. Apesar dos desafios, perseverou em seus estudos e aprovou em todos os concursos que prestou. Sua trajetória acadêmica o levou à Ufac, onde cursou Direito. Após atuar como promotor em Cruzeiro do Sul, tornou-se juiz de Direito em 1988, aposentando-se precocemente para se dedicar à advocacia criminal, onde se consolidou como um profissional respeitado. A complexidade e riqueza de sua vida demonstram uma personalidade forte e um espírito incansável. Sua história inspira e serve de exemplo para todos. Seu legado de justiça e resiliência permanecerá como uma inspiração para gerações futuras.