POLÍTICA
Lula e a estratégia da vice-presidência em 2026: Paes como opção para ampliar o leque eleitoral

A corrida pela sucessão presidencial de 2026 já começou a movimentar os bastidores da política brasileira. Entre as especulações, ganha força a possibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolher o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), como seu vice na chapa. A sugestão, oriunda de lideranças petistas fluminenses, busca fortalecer a base eleitoral no Sudeste e atrair o apoio do centro, visando a reeleição.
A escolha de Paes é estratégica. Sua popularidade no Rio de Janeiro, atestada por pesquisas como a do Paraná Pesquisas que o coloca em primeiro lugar nas intenções de voto para o governo estadual, o torna um nome forte. Além disso, sua capacidade de articular alianças com partidos de diferentes espectros ideológicos, desde a esquerda até a direita, incluindo o segmento evangélico, é vista como crucial para ampliar o alcance da campanha de Lula.
A aliança com o PSD, partido com expressiva representatividade no cenário político nacional (maior número de prefeitos e bancada no Senado), também é um fator relevante. Atualmente, o partido está dividido entre o governo federal e o governo de São Paulo, uma situação que a escolha de Paes poderia ajudar a resolver, fortalecendo a aliança com Lula e possivelmente incentivando o governador Tarcísio de Freitas a disputar a reeleição em São Paulo.
No entanto, essa estratégia enfrenta um desafio: a resistência do PSB, partido do atual vice-presidente Geraldo Alckmin, que busca sua permanência na chapa. O Planalto considera lançar Alckmin para o governo ou Senado em São Paulo, buscando um palanque sólido em um estado crucial para o resultado nacional. A decisão final de Lula dependerá de uma cuidadosa avaliação dos cenários políticos e das negociações partidárias, levando em conta a necessidade de equilibrar as ambições e estratégias de diferentes aliados.
