17% das câmeras do programa “Rio Branco Mais Segura” estão inoperantes, expondo fragilidades no sistema de se

O programa “Rio Branco Mais Segura”, lançado em dezembro de 2022 com investimento inicial de R$ 3.811.536,00 para instalação de 324 câmeras de videomonitoramento, apresenta falhas significativas. Atualmente, 17% das 332 câmeras instaladas estão inoperantes, comprometendo a eficácia do sistema de segurança pública da capital acreana.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), responsável pela operação, informa que 65 câmeras estão desativadas, principalmente devido a vandalismo e furto de cabos e fibra óptica, muitas vezes por indivíduos em situação de rua. Embora o monitoramento seja 24 horas, a Sejusp admite que os equipamentos “não se autoprotegem” e que a investigação dos danos ocorre após o ocorrido.

A vulnerabilidade do sistema levanta questionamentos sobre a eficácia das medidas de proteção. A Sejusp afirma que os responsáveis, quando identificados, são encaminhados à delegacia, mas frequentemente liberados em audiências de custódia, contribuindo para a reincidência dos crimes.

Além das câmeras do programa “Rio Branco Mais Segura”, a Sejusp gerencia outras 121 câmeras em Rio Branco, algumas instaladas desde 2019 e outras datando de 2004 ou 2013, apresentando problemas de obsolescência ou defeitos. Essas câmeras mais antigas, parte de projetos descontinuados, não são priorizadas nas aquisições recentes.

O investimento total da Sejusp em videomonitoramento no Acre ultrapassa R$ 5,7 milhões, incluindo manutenção e expansão para outros municípios. Embora a Sejusp reconheça a importância do videomonitoramento como ferramenta estratégica para a dissuasão de crimes, o fornecimento de provas e a resposta rápida a emergências, a alta taxa de inoperância das câmeras indica falhas na manutenção, proteção e estratégia de vigilância do sistema.