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MPAC aciona justiça para obrigar Epitaciolândia a regularizar coleta de lixo

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) ingressou com ação civil pública contra a prefeitura de Epitaciolândia, exigindo melhorias imediatas no serviço de coleta de lixo. A ação se baseia em vistoria técnica realizada em abril de 2025 pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do MPAC, que constatou graves deficiências no sistema.
Relatório do NAT aponta:
-Frota insuficiente: Apenas um dos três caminhões compactadores estava operacional durante a vistoria.
-Falta de cronograma: A coleta de lixo era realizada sem um cronograma formal definido.
-Ausência de cobrança: A prefeitura não cobra taxa específica pelo serviço.
-Desconhecimento da política local de resíduos sólidos: A Secretaria Municipal de Meio Ambiente demonstrava desconhecimento dos próprios instrumentos de planejamento.
-Estrutura inadequada: O município gera entre 6 e 7 toneladas de lixo diariamente, exigindo mais estrutura do que a disponível.
Consequências da situação: O MPAC argumenta que a situação compromete a saúde pública e agrava problemas ambientais na cidade.
Pedidos do MPAC à Justiça:
A ação requer que a prefeitura de Epitaciolândia:
-Implemente um plano emergencial para recolher o lixo acumulado.
-Divulgue, em até 10 dias, cronogramas e itinerários de coleta.
-Adeque o serviço aos planos municipais existentes, garantindo coleta mínima a cada três dias.
-Capacite os servidores responsáveis pela coleta em até 30 dias.
-Apresente um estudo técnico sobre a quantidade de lixo, frota necessária, itinerários e frequência ideal de coleta.
-Apresente, em até 60 dias, um plano para aquisição de novos caminhões e um cronograma para concurso público para contratação de pessoal.
-Regularize definitivamente o serviço de coleta de resíduos sólidos.
O MPAC busca garantir a prestação de um serviço público essencial à população de Epitaciolândia, assegurando a saúde pública e o meio ambiente.
