ICMBio repudia furto de gado apreendido e anuncia apuração policial

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) divulgou nota de repúdio a um ato criminoso ocorrido na madrugada de terça-feira (17/06) em Brasileia (AC), durante a Operação Suçuarana. Um grupo invadiu um frigorífico onde estavam sendo mantidas dezenas de cabeças de gado apreendidas pela operação, roubando parte do rebanho destinado à merenda escolar.

Os invasores arrombaram o muro e os cadeados do frigorífico, libertando os animais. O ICMBio também denunciou que o proprietário do frigorífico tem sofrido ameaças de morte desde o início da Operação Suçuarana, que visa combater a criação ilegal de gado na Reserva Extrativista Chico Mendes.

O instituto afirmou que está tomando todas as medidas para garantir o sucesso da operação e que o crime de obstrução à fiscalização será investigado pela polícia. A Operação Suçuarana, que combate o desmatamento e a criação ilegal de gado em uma das maiores áreas de conservação da Amazônia, tem enfrentado forte resistência de setores ligados à produção rural no Acre, com protestos e mobilizações políticas. O furto do gado agrava a situação e destaca a necessidade de uma ação mais contundente contra os crimes ambientais na região.

Veja a nota na íntegra:

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) vem a público repudiar e denunciar a ação criminosa que ocorreu nesta madrugada (17) na cidade de Brasiléia, no Acre, quando um grupo invadiu o frigorífico onde estava armazenado o gado ilegal apreendido pela Operação Suçuarana, realizada na Reserva Extrativista Chico Mendes. Este ato criminoso se soma a ameaças de morte ao dono do frigorífico.

Este grupo destruiu o muro, rompeu o cadeado do local, soltou e roubou dezenas de cabeças de gado que seriam abatidos e destinados à merenda escolar de milhares de crianças. Esta é mais uma ação de criminosos que tentam, desde o início da operação, inviabilizar a ação dos órgãos federais que combatem a criação ilegal de gado em terras publicas.

O Instituto Chico Mendes reitera que está tomando todas as providências para que a operação prossiga com êxito. Estas ações criminosas, que constituem crime federal de obstrução de fiscalização, serão apuradas pela polícia.