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Paquistão propõe nome de Donald Trump para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz

A indicação ocorre após um cessar-fogo anunciado por Trump em maio, que pôs fim a quatro dias de confrontos entre Índia e Paquistão, duas potências nucleares.
Islamabad afirma que a intervenção diplomática de Washington impediu uma grande escalada da violência.
“O presidente Trump demonstrou grande visão estratégica e notável capacidade de governar”, afirmou o governo paquistanês.
A Índia, por sua vez, declarou que o fim da escalada resultou de um acordo bilateral entre os dois exércitos, alcançado em 10 de maio.
O cessar-fogo foi decretado na sequência de uma grave escalada militar iniciada em 22 de abril, quando um ataque armado na região de Caxemira matou 26 civis.
Nova Délhi acusou grupos jihadistas apoiados por organizações paquistanesas, o que Islamabad negou. Em resposta, a Índia lançou ataques aéreos sobre várias cidades do Paquistão, alegando ter atingindo campos de treinamento de terroristas.
O Paquistão retaliou com mísseis e drones, alvejando alvos militares no território indiano, incluindo a base aérea de Awantipora.
Segundo fontes oficiais dos dois países, mais de 60 civis morreram e milhares de pessoas abandonaram as suas casas na região de Caxemira durante as ofensivas.
Indicação controversa por apoio a Israel Donald Trump, que inúmeras vezes expressou seu desejo de receber o Prêmio Nobel, publicou recentemente uma lista de conflitos que afirma ter resolvido, incluindo o ocorrido entre a Índia e o Paquistão.
No entanto, ele lamentou: “Nunca receberei o Prêmio Nobel da Paz, não importa o que eu faça”.
Embora algumas autoridades paquistanesas apoiem a indicação de seu nome, outras a criticam fortemente devido ao apoio dado por Trump a Israel na guerra contra o Hamas em Gaza. “O padrinho de Israel em Gaza não pode ser candidato a nenhum prêmio”, lamentou o jornalista Talat Hussain, na rede X. (Com AFP)
