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MUNDO

EUA usaram manobra de ‘distração’ com Irã antes de atacar país; entenda

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Pete Hegseth, secretário de Defesa dos EUA, explica ação americana contra o Irã Foto: Andrew Harnik/Getty Images / Andrew Harnik/Getty Images

No começo da Operação “Midnight Hammer” no sábado, 21, bombardeiros B-2 decolaram da base no Missouri com destino a Guam, no Pacífico, em um movimento interpretado por analistas como possível preparação para ações dos Estados Unidos contra o Irã.

Entretanto, conforme divulgado pelo Exército dos EUA neste domingo, 22, esse grupo serviu como distração. Enquanto isso, sete bombardeiros B-2 realizaram um voo sigiloso de 18 horas em direção ao leste, mantendo comunicações restritas e realizando reabastecimento aéreo sem serem detectados, segundo informações da Reuters.

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Durante a aproximação dos bombardeiros ao espaço aéreo iraniano, um submarino dos Estados Unidos disparou mais de vinte mísseis de cruzeiro Tomahawk contra alvos terrestres. Simultaneamente, caças norte-americanos adiantaram-se às aeronaves principais, cumprindo a função de neutralizar possíveis defesas aéreas iranianas.

O ataque direcionou-se a três instalações nucleares estratégicas do Irã, configurando-se como a maior operação ofensiva conduzida por bombardeiros furtivos B-2 na história militar. Em duração, somente foi superada pelas missões realizadas após os atentados de 11 de setembro de 2001 da Al-Qaeda contra os EUA.

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Os bombardeiros B-2 empregaram catorze mísseis de penetração maciça GBU-57, com capacidade para aniquilar estruturas subterrâneas, cada um com massa superior a treze toneladas. O Pentágono confirmou o uso de mais de cento e vinte e cinco aeronaves militares norte-americanas na ação.

Autoridades militares dos Estados Unidos avaliaram a missão como um êxito operacional completo. As forças iranianas não efetivaram nenhuma reação defensiva contra as aeronaves atacantes, conforme disse o general Dan Caine, comandante do Estado-Maior Conjunto.

“Os caças iranianos não voaram e, ao que parece, os sistemas de mísseis terra-ar iranianos não nos avistaram durante toda a missão. Mantivemos o elemento surpresa”, afirmou Caine.

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“Danos graves ao Irã”

De acordo com o general Caine, as primeiras análises do confronto apontam que os três alvos principais sofreram danos graves, porém ele evitou afirmar se algum componente do programa nuclear iraniano permaneceria operacional.

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Já o Secretário de Defesa Pete Hegseth manifestou maior otimismo em sua avaliação.

“Ficou claro que devastamos o programa nuclear iraniano”, declarou Hegseth em entrevista à imprensa conjuntamente com Caine nas instalações do Pentágono.

Caine ressaltou o caráter ultrassecreto da Operação Midnight Hammer, revelando que “pouquíssimas pessoas em Washington sabiam do momento ou da natureza do plano”. Diversas autoridades de alto nível do governo norte-americano apenas tomaram conhecimento da ação através da publicação feita pelo presidente Donald Trump em suas redes sociais na noite de sábado.

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Hegseth explicou que os preparativos demandaram vários meses para assegurar a prontidão das Forças Armadas caso Trump autorizasse os ataques. Contudo, conforme Caine, a execução concreta da missão foi organizada em um período menor, de apenas algumas semanas.

O pós ataque

O desenrolar dos acontecimentos permanece incerto neste momento.

Nações da região do Golfo, que hospedam múltiplas instalações militares estadunidenses, mantinham nível máximo de alerta no domingo enquanto analisavam possíveis cenários de intensificação do conflito na área.

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Como medida preventiva contra possíveis contra-ataques, as forças armadas americanas redistribuíram equipamentos e pessoal militar pelo Oriente Médio e reforçaram os protocolos de segurança para suas tropas estacionadas na região.

O secretário Hegseth ressaltou que o posicionamento das tropas norte-americanas tinha duplo propósito: além da capacidade defensiva na região, estavam preparadas para qualquer ação ofensiva necessária caso o Irã concretizasse suas ameaças de represália.

Trump reafirmou não ter como objetivo um conflito em larga escala com o Irã. O secretário Hegseth acrescentou que comunicações foram encaminhadas ao governo iraniano com o propósito de estimular o diálogo bilateral.

Entretanto, o presidente norte-americano fez um pronunciamento em tom de alerta ao Irã, deixando claro que as forças estadunidenses estão prontas para direcionar ataques a outros alvos com intensidade ainda maior, se a situação exigir.

“O Irã seria inteligente se prestasse atenção a essas palavras. Ele disse isso antes, e é sincero”, declarou Hegseth.

 

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