MUNDO
EUA: “Qualquer ataque do Irã será enfrentado com ações devastadoras”

A representante dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) frisou que o Irã não pode ter armar nucleares. A embaixadora Dorothy Shea disse, em reunião do Conselho de Segurança da ONU deste domingo (22/6), que o país do Oriente Médio “esconde o programa nuclear”.
“O Irã escondeu o seu programa nuclear e fugiu de recentes negociações. Chegou o momento de os Estados Unidos, na defesa de seus aliados, dos nossos cidadãos, dos nossos interesses, agir de forma decisiva. O regime iraniano não pode ter uma arma nuclear”, completou a estadunidense.
“Esse conselho de olho na paz precisa obrigar o Irã a acabar com seu esforço de acabar com Israel há 40 anos, de acabar com seu programa nuclear, de negociar paz e não ameaçar mais Israel”, finalizou.
Ataque dos EUA
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que as tropas norte-americanas bombardearam três instalações nucleares no Irã, nesse sábado (21/6).
- O ataque ocorreu em meio à escalada dos conflitos entre o país do Oriente Médio e Israel.
- O conflito entre os dois países escalou na madrugada de 13 de junho, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram o centro do programa nuclear iraniano e líderes militares na capital Teerã.
- O governo iraniano reagiu com ataques em retaliação poucas horas depois, o que aumentou o risco de uma nova guerra na região.
- Fordow, uma das estruturas subterrâneas afetadas, tem capacidade para operar 3 mil centrífugas para enriquecimento de urânio, segundo estimativas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos nucleares.
Reação do Irã
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou neste domingo que os Estados Unidos traíram a diplomacia e que o país do Oriente Médio responderá aos ataques norte-americanos “com base no legítimo direito à autodefesa”.
“A porta para a diplomacia deve permanecer aberta, mas esse não é o caso agora. […] Meu país tem sido atacado, agredido, e temos de responder com base em nosso legítimo direito à autodefesa”, ressaltou o chanceler.
