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MUNDO

Com espaço aéreo do Catar fechado após ataque do Irã, Qatar Airways suspende todos seus voos

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Registros do Flightradar, plataforma de monitoramento de aeronaves, mostram os aviões mudando a rota para evitarem o espaço aéreo do Catar na tarde desta segunda, 23 Foto: Reprodução/Flightradar

Em retaliação aos Estados Unidos, o Irã bombardeou uma base norte-americana no Catar. E por conta do ataque, o tráfego aéreo do país do Golfo foi temporariamente suspenso – o que acarretou no cancelamento de todos os voos regulares de ida e volta do Aeroporto Internacional de Hamad, no Catar, nesta segunda-feira, 23. Até o momento, não há previsão de retorno.

Em nota, o Aeroporto Internacional de Hamad confirmou a situação e afirmou que a prioridade é a segurança dos passageiros. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com as partes interessadas do governo e companhias aéreas parceiras para atender aos passageiros afetados”, informaram.

Além disso, eles solicitaram para que as pessoas evitem comparecer ao aeroporto antes de verificar o status de seus voos, e que entrem em contato com suas respectivas companhias aéreas para seguirem com a questão.

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A Qatar Airways, que voa para mais de 170 destinos em todo o mundo, em conexão com o Aeroporto Internacional de Hamad, suspendeu todos os voos da companhia. O anúncio foi feito na tarde desta segunda.

“Estamos trabalhando em estreita colaboração com as partes interessadas do governo e as autoridades competentes para apoiar os passageiros afetados e retomaremos as operações quando o espaço aéreo for reaberto”, afirmou a empresa.

Ataque ao Catar

O Irã atacou as bases dos Estados Unidos no Iraque e no Catar nesta segunda-feira, 23, em retaliação ao ataque feito pelos EUA, a mando de Donald Trump, contra instalações nucleares iranianas, no último sábado, 21. Os ataques foram confirmados pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC), que classificou a ação como uma resposta retaliatória aos EUA.

No Catar, Irã disparou mísseis contra a base de Al-Udeid, localizada perto de Doha, capital do país — que já estava sobre “ameaça crível”, segundo autoridades. Além de Doha, explosões da ofensiva também foram ouvidas na cidade de Lusail.

Segundo o Ministério da Defesa do Catar, os mísseis contra a Base Aérea foram interceptados, sem registro de vítimas. Em comunicado, o ministério afirmou que o incidente não resultou em mortos ou feridos, atribuindo o mérito “à Deus, à vigilância das Forças Armadas e às medidas de precaução tomadas”.

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A base de Al Udeid abriga o QG do Comando Central dos EUA, onde militares britânicos também servem em rodízio. No entanto, segundo autoridades do Catar, a base havia sido evacuada antes do bombardeio.

O ataque iraniano à Base Aérea de Al-Udeid foi condenado “veementemente” e considerado como “uma flagrante violação da soberania do Estado do Catar, de seu espaço aéreo, do direito internacional e da Carta das Nações Unidas”, afirmou Dr. Majed Al Ansari, assessor do primeiro-ministro e porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores do Catar.

“Afirmamos que o Catar se reserva o direito de responder diretamente de maneira equivalente à natureza e à escala desta agressão descarada, em conformidade com o direito internacional”, complementou, em nota publicada em seu perfil no X.

Para o governo do Catar, “o diálogo é a única maneira de superar a crise atual e garantir a segurança da região e a paz”. Em nota, também enfatizaram que “a continuação de tais ações militares em escalada minará a segurança e a estabilidade na região, arrastando-a para situações que podem ter consequências catastróficas para a paz e a segurança internacionais”.

Após os ataques iranianos, o espaço aéreo do Catar foi fechado. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Catar, a suspensão temporária do tráfego aéreo no país visa garantir a segurança de cidadãos, residentes e visitantes e que essa medida é “parte de um conjunto de medidas de precaução tomadas com base nos recentes acontecimentos na região”.

“O Ministério reitera que a segurança de todos em solo do Catar continua a ser uma prioridade máxima e que o Estado não hesitará em tomar todas as medidas preventivas e de proteção necessárias a esse respeito”, reforçou a autoridade, em nota.

 

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