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MUNDO

Proposta de Trump pode taxar envio de dinheiro e afetar milhões de imigrantes, incluindo brasileiros

Publicado em

Donald Trump Foto: Andrew Harnik/Getty Images

O chamado “One Big, Beautiful Bill” (Projeto de Lei Único, Grande e Bonito) pelo governo Trump pode tornar os EUA o país mais caro do G7 para envio de remessas por trabalhadores estrangeiros, segundo o New York Times. A medida afetaria diretamente imigrantes brasileiros e suas famílias que dependem desses recursos.

Como parte do projeto de lei, o governo dos EUA ficaria com uma parte de todas as remessas enviadas a países estrangeiros, especificamente um imposto de 3,5% sobre cada transferência (o equivalente a aproximadamente R$ 0,18 por dólar enviado, considerando uma cotação de R$ 5,20/US$). Esta medida afetaria milhões de famílias no mundo todo que dependem do dinheiro enviado por entes queridos que trabalham nos Estados Unidos.

De acordo com o jornal britânico The Daily Telegraph, especialistas em ajuda humanitária e da indústria alertaram que o imposto proposto por Donald Trump sobre trabalhadores imigrantes que enviam dinheiro dos Estados Unidos para casa tirará bilhões de dólares das economias pobres.

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Estima-se que o México perderia cerca de US$ 2,6 bilhões anualmente (aproximadamente R$ 13,5 bilhões), enquanto países como El Salvador poderiam perder até 1% de sua Renda Nacional Bruta.

O novo imposto seria aplicado a cerca de 40 milhões de pessoas nos EUA, incluindo aquelas com green cards ou vistos de trabalho, e incluiria até mesmo britânicos trabalhando nos Estados Unidos. A medida faz parte de uma legislação mais ampla proposta por Trump para reduzir a migração ilegal.

Especialistas ouvidos pelo The Daily Telegraph dizem que a medida efetivamente reduziria a quantidade de dinheiro enviada formalmente, levando muitas transferências para a clandestinidade e afetando famílias que dependem de remessas como uma tábua de salvação econômica. Além dos países latino-americanos, várias nações africanas como Gâmbia e Libéria também serão atingidas por esta proposta, que atualmente está em tramitação no Congresso americano.

O imposto proposto vem somar-se aos cortes radicais na ajuda externa dos EUA, que já deixaram grandes buracos nos orçamentos governamentais de muitos países pobres. Em termos de proporção de sua renda, os mais afetados após El Salvador seriam Honduras (com 0,9%) e Jamaica (com 0,7%), segundo estimativas de pesquisas internacionais.

 

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