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MUNDO

Morte de brasileira é a 6ª em 5 anos em área de vulcão na Indonésia

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A brasileira Juliana Marins caiu no vulcão Rinjani, na Indonésia, enquanto fazia uma trilha. Equipes tentam fazer o resgate. Foto: Reprodução/Instagram

A queda da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no monte Rinjani, na Indonésia, expôs os riscos aos quais são expostos os turistas que frequentam o local para praticar trilhas. A morte dela foi a sexta em cinco anos na região do vulcão.

Juliana caiu de um desfiladeiro na sexta-feira, 20, enquanto fazia o percurso até o cume do vulcão, e equipes de resgate tentaram chegar até ela em meio ao terreno de difícil acesso, com condições climáticas instáveis. Nesta terça-feira, 24, a família anunciou que ela estava morta.

Até para montanhistas e trilheiros experientes, o local é desafiador. Não é por acaso que outros praticantes do esporte já morreram no Monte Rinjani. Nos últimos cinco anos, pelo menos outras cinco mortes foram registradas na região, incluindo a de escaladores portugueses, malaios e indonésios.

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Em 2021, um montanhista de 26 anos, de Surabaya, morreu depois de cair de um penhasco de 100 metros de profundidade, enquanto subia o Rinjani pela rota Senaru.

Em 2022, um alpinista portguês, de 37 anos, morreu ao cair de um penhasco no cume do Rinjani. Ele tentava tirar uma selfie na beira do abismo. O acidente aconteceu no dia 19 de agosto daquele ano, e o corpo só foi retirado do local no dia 22.

Em junho de 2024, uma turista suíça morreu depois de cair na trilha do Bukit Anak Dara. Ela arriscou seguir por uma rota ilegal, e acabou morrendo.

No mesmo ano, em setembro, um escalador de Jacarta, Indonésia, desapareceu após cair em um desfiladeiro na região do Monte Rinjani. O corpo dele foi encontrado por um drone, a centenas de metros de profundidade. Ele só foi retirado depois de uma semana.

Em outubro, um alpinista irlandês caiu de uma altura de 200 metros quando subia rumo ao cume do Rinjani. Ele foi resgatado por uma equipe de socorristas com apenas alguns ferimentos leves.

Em maio de 2025, um montanhista da Malásia, Rennie Bin Abdul Ghani, de 57 anos, morreu depois de cair na descida do Monte Rinjani, pela rota de Torean. Ele despencou até cerca de 100 metros de profundidade, na trilha Banyu Urip, quando seu grupo voltava do cume.

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Geografia do local aumenta riscos

O Monte Rinjani é conhecido por ter vistas impressionantes da natureza, mas também por ter um terreno hostil e clima imprevisível. São mais de 3.700 metros de altitude, sendo o segundo maior vulcão da Indonésia, famoso por trilhas íngremes e trechos estreitos junto a penhascos de solo arenoso, o que aumenta o risco de quedas.

Segundo a BBC, de acordo com os montanhistas que têm experiência no local, o Rinjani não é recomendado para iniciantes, sendo mais adequado para trilheiros experientes. As trilhas são estreitas e rochosas, com trechos de areia solta que deixam a escalada mais escorregadia e perigosa.

Normalmente, a trilha é iniciada de madrugada, para que os trilheiros possam ver o nascer do sol no cume. Essas trilhas são feitas com acompanhamento de guias, mas a combinação da escuridão da noite com o terreno instável e clima imprevisível pode aumentar os riscos.

A região também não pode ser acessada por veículos motorizados, sendo mais acessível a pé. Por isso, o resgate em casos de acidentes é dificultado.

Em períodos de mau tempo, os ventos fortes podem se transformar em tempestades, e a chuva deixa as trilhas arenosas ainda mais escorregadias. Nas estações do ano mais chuvosas, a trilha fica fechada, principalmente nos meses de janeiro a março. Ela só foi reaberta pelas autoridades após ser considerada segura.

 

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