‘Paciência é a palavra que mais gosto’, diz Medina sobre lições que tirou durante período lesionado

Maior expoente do surfe brasileiro, Gabriel Medina, de 31 anos, está fora de ação na atual temporada da Liga Mundial de Surfe (WSL). Em janeiro deste ano, o atleta lesionou o tendão do músculo peitoral maior do ombro esquerdo ao tentar executar uma manobra aérea durante um treinamento na Praia de Maresias, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo.

Medina passou por cirurgia momentos depois do acidente e está em recuperação. Em conversa exclusiva com o Terra, durante a etapa Vivo Rio Pro, da WSL, em Saquarema (RJ), o tricampeão mundial contou quais lições aprendeu durante esses cinco meses longe do mar. “Têm coisas que fogem do nosso controle. Tive que ter paciência, esperar, e também ter fé pra acreditar que vou voltar a fazer o que amo, retomar a rotina, competição e recuperar o lugar que eu estava. Acho que é a palavra que eu mais gosto: paciência”, disse.

O retorno às competições ainda não tem data específica para acontecer, já que Medina ainda não se sente 100% em condições para a prática do surfe. Entretanto, quando estiver novamente apto, o astro, que foi medalha de bronze em Paris 2024, já tem em mente o que é necessário para conquistar outros troféus.

“Para me manter física e mentalmente forte, tenho a minha rotina de atleta. Mesmo nesse tempo parado, procuro fazer exercícios e me alimentar bem. Sou muito ativo. Vou fazer o passo a passo para quando chegar o momento poder embalar”, explicou.

Primeiro brasileiro a vencer um mundial de surfe, Medina ingressou na WSL aos 17 anos. Levantou a taça em 2014, 2018 e 2021, mas nunca no Maracanã do Surfe, como a Praia de Itaúna, em Saquarema, é conhecida. Desde 2017, quando a etapa brasileira da WSL passou a ser realizada no local, foram seis edições e seis triunfos de surfistas brasileiros.

Nas horas vagas, Medina, é muito conhecido por estar sempre rodeado de amigos. Na semana passada, por exemplo, o surfista se encontrou com o espanhol Lamine Yamal, craque do Barcelona e que esteve no Brasil passando férias. “Tive a oportunidade de conhecer o Yamal. Voltei de Nova York agora e lá conheci o Travis Scott também. Tem sido maneiro”, conta.

Estar com os ‘parças’, para ele, é parte fundamental na trajetória de um atleta de alto nível. “Faz parte da vida e eu gosto de estar tranquilo, com os meus amigos, às vezes fazendo nada, e as vezes fazendo tudo. Isso me ajuda a manter o equilíbrio”, finalizou.