ENTRETENIMENTO
Radialista Reginaldo Cordeiro morre no Acre após complicações de diabetes

O Acre se veste de luto. A voz inconfundível de Reginaldo Cordeiro, o “Rei do Brega”, se calou aos 72 anos, deixando um silêncio que ecoa mais alto que qualquer música. Sua partida, em Rio Branco, após complicações da diabetes, representa uma perda irreparável para a cultura acreana e para todos aqueles que tiveram o privilégio de ouvir sua voz marcante nas ondas do rádio.
Por mais de cinco décadas, Reginaldo conduziu o “Carrossel Musical” na Rádio Difusora Acreana, a “Voz das Selvas”, tecendo um elo inquebrantável entre a emissora e o povo acreano. Mais que um locutor e apresentador, ele foi um amigo, um confidente, um contador de histórias que atravessou gerações. Sua comunicação popular e direta, sempre alegre, acolhedora e participativa, alcançava os mais distantes cantos do estado, conectando a floresta, os seringais e os rincões acreanos em uma grande e vibrante comunidade.
O governador Gladson Cameli, em nota de pesar, reconheceu a grandeza do legado deixado por Reginaldo. Sua voz, segundo o governador, construiu pontes entre pessoas e lugares, levando alegria, informação e afeto a inúmeras casas acreanas. Um verdadeiro testamento do poder do rádio popular, que transcende a simples transmissão de sons para se tornar um elo vital na construção da identidade acreana.
Reginaldo Cordeiro não foi apenas um comunicador; ele foi a trilha sonora da vida de muitos acreanos. Sua voz, agora silenciada, ecoa em cada lembrança, em cada canção que tocou, em cada história que narrou. A memória de sua alegria e de sua conexão genuína com o povo permanecerá viva, um legado inesquecível para a radiofonia e para a cultura do Acre.
O velório, realizado na Capela São Francisco em Rio Branco, das 15h do sábado até as 6h do domingo, foi um último adeus para o “Rei do Brega”. Seu corpo, seguindo seu desejo, será sepultado em Porto Acre, onde sua história continuará a ser contada e celebrada.
