Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
RIO BRANCO
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

GERAL

Censo revela: mais estudo, menos filhos no Acre

Publicado em

O Censo Demográfico 2022 do IBGE revelou uma forte correlação entre o nível de escolaridade das mulheres acreanas e sua fecundidade. A pesquisa demonstra que maior acesso à educação está associado a uma menor taxa de natalidade e a uma idade materna mais avançada ao primeiro parto.

Os dados mostram uma disparidade significativa no número de filhos entre mulheres com diferentes níveis de instrução. Mulheres sem instrução formal ou com ensino fundamental incompleto tendem a ter mais filhos do que aquelas com ensino superior completo. A diferença é particularmente marcante no grupo com seis ou mais filhos: um número muito maior de mulheres com baixa escolaridade se encaixa nessa categoria em comparação com as mulheres com ensino superior.

A pesquisa também indica que mulheres com maior nível de escolaridade tendem a ter filhos mais tarde na vida. A diferença de quase quatro anos na idade média do primeiro parto entre mulheres com ensino fundamental incompleto (26,7 anos) e ensino superior completo (30,7 anos) ilustra essa tendência. Isso sugere que a educação está relacionada não apenas à quantidade de filhos, mas também ao planejamento familiar.

Continua depois da publicidade

Apesar dessa tendência de queda na fecundidade associada à educação, o Acre ainda apresenta uma taxa de fecundidade relativamente alta (3,2 filhos por mulher), semelhante à do Amapá. Embora essa taxa represente uma redução em comparação com o Censo de 2010, indica que a região ainda possui uma taxa de natalidade superior à média nacional. Isso ressalta a necessidade de políticas públicas que promovam o acesso à educação e à saúde reprodutiva para as mulheres acreanas.

Os dados do Censo 2022 reforçam a importância da educação como fator determinante na decisão reprodutiva das mulheres. No Acre, como em outras partes do Brasil, a maior escolaridade está associada a uma menor taxa de fecundidade e a uma idade materna mais elevada ao primeiro parto. No entanto, a persistência de uma taxa de fecundidade acima da média nacional no Acre destaca a necessidade de políticas públicas que promovam o acesso à educação e aos serviços de planejamento familiar para reduzir as desigualdades e promover o desenvolvimento socioeconômico da região.

Propaganda
Advertisement