RIO BRANCO
Silêncio de ‘amigos’ após atropelamento fatal revolta família de advogada Juliana Chaar

A morte da advogada Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, atropelada na madrugada do dia 21 de junho em Rio Branco, não foi apenas uma tragédia; foi um ato de violência que gerou profunda dor e indignação em sua família. Em entrevista exclusiva, o pai Francisco Alberto, a mãe Maria Claudia e o irmão Thiago desabafaram sobre a perda, denunciando a omissão de “amigos” e clamando por justiça contra o foragido Diego Luiz Gois Passo, principal suspeito do atropelamento.
A família descreve o momento da descoberta como um choque. Thiago, o primeiro a ser informado, relata a frieza da notícia e a falta de detalhes iniciais. Francisco, ao chegar ao Pronto-Socorro, encontrou Juliana sozinha, gravemente ferida, sem o apoio de ninguém. Esta ausência de suporte, especialmente por parte de colegas advogados presentes na confusão – Keldheky Maia da Silva, Bárbara Maués Freire e João Felipe de Oliveira Mariano – é o que mais revolta a família.
Maria Claudia questiona o silêncio e a falta de contato dos colegas que estavam com Juliana na noite do ocorrido. Francisco é ainda mais contundente, classificando a atitude dos “amigos” como covarde e indigna, destacando a ausência de apoio e solidariedade. A família rejeita veementemente a versão de acidente, descrevendo o atropelamento como um ato intencional e violento, evidenciado por imagens de segurança que mostram a caminhonete passando por cima de Juliana.
A família afirma que o atropelamento não foi um acidente, mas sim um ato intencional de Diego Luiz Gois Passo, que permanece foragido apesar da ordem de prisão temporária. As imagens de segurança mostram a caminhonete retornando para atropelar Juliana, reforçando a tese de homicídio doloso. Embora a família reconheça a participação de Keldheky Maia na confusão, que efetuou disparos para o alto, a responsabilidade principal recai sobre o motorista que fugiu do local.
O clamor por justiça é unânime. A família confia nas autoridades, mas pede celeridade na investigação e apela à sociedade para ajudar a localizar Diego Luiz Gois Passo. A dor pela perda de Juliana, descrita como uma mulher guerreira e amiga leal, é imensa, mas a busca por justiça e a lembrança de sua força impulsionam a família a continuar lutando. A investigação precisa esclarecer não apenas o atropelamento, mas também a possível omissão de testemunhas e o desaparecimento da arma usada por Keldheky Maia. A memória de Juliana exige que a verdade seja revelada e que os responsáveis sejam punidos.
