RIO BRANCO
Servidores estaduais do Acre ameaçam greve geral após manifestação na Casa Civil

A pressão dos servidores públicos estaduais do Acre aumentou consideravelmente nesta quarta-feira (2). Após uma grande manifestação que culminou em uma caminhada até a Casa Civil em Rio Branco, a categoria anunciou um indicativo de greve geral caso suas reivindicações não sejam atendidas pelo governo estadual. A mobilização, que reuniu dezenas de categorias representadas por mais de 30 sindicatos, demonstra a insatisfação generalizada com a atual situação salarial e a falta de benefícios básicos.
O protesto, iniciado em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), reforçou a demanda por reajuste salarial com reposição da inflação (RGA), aumento do auxílio-alimentação e a criação de um auxílio-saúde. Os líderes sindicais destacaram a viabilidade legal dessas medidas, apresentando pareceres jurídicos que embasam seus pedidos.
Uma reunião com o governo está agendada para quinta-feira (3), às 10h, na sequência de tratativas na Casa Civil. No entanto, a categoria já planeja uma nova mobilização para segunda-feira (7), na galeria da Aleac, durante a discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Segundo Fábio Macedo, sindicalista e porta-voz do movimento, a greve será deflagrada caso não haja avanços significativos nas negociações.
“Se não formos atendidos, vamos parar o Estado buscando a valorização profissional de todos os servidores”, afirmou Macedo, criticando o recente reajuste salarial como “vergonhoso”, citando exemplos de servidores com longas carreiras recebendo aumentos irrisórios, insuficientes para garantir um salário mínimo digno na aposentadoria.
O presidente do Sintegesp, Eliano Nunes, reforçou a gravidade da situação, informando que o pedido de posicionamento do governo foi protocolado pela segunda vez. A Frente de Sindicatos, que organiza o movimento, reafirmou seu caráter apartidário e a representatividade de mais de 30 entidades de classe, convocando outros servidores a se unirem às próximas ações. A ameaça de greve coloca o governo acreano em um cenário de alta tensão, exigindo uma resposta rápida e efetiva às demandas da categoria. A próxima semana será decisiva para o futuro das negociações e a possibilidade de uma paralisação generalizada no serviço público estadual.
