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RIO BRANCO

Moradores do Ramal dos Paulistas bloqueiam AC-10 em protesto contra reintegração de posse

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Um grave conflito fundiário no Ramal dos Paulistas, em Porto Acre, resultou no bloqueio da Rodovia AC-10 na manhã desta quarta-feira (23). Moradores de áreas de ocupação, representados pela Associação de Moradores e Produtores Rurais Nova Vida, interromperam o tráfego na principal via de ligação entre Rio Branco e o município em protesto contra o que consideram uma parcialidade no processo de reintegração de posse.

A indignação dos manifestantes se deve à condução de uma vistoria técnica, realizada em maio pela Comissão de Soluções Fundiárias (COMSF), e posteriormente pelo INCRA. A vistoria, interrompida após três dias por embargo, e a subsequente audiência judicial, geraram a sensação de injustiça entre os moradores. A decisão judicial de retomar a vistoria, porém, limitada a apenas 13 famílias classificadas como posseiras, acirrou ainda mais o conflito. A associação alega que a decisão ignora os demais moradores da região, comprometendo a imparcialidade do processo.

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O impasse envolve três grupos: os ocupantes, os posseiros e um fazendeiro que também reivindica a posse das terras. Os moradores afirmam que o processo judicial tem favorecido apenas um dos grupos, excluindo a participação e os direitos de uma parcela significativa da população que reside na área. A principal reivindicação dos manifestantes é a realização de uma nova vistoria abrangente, que contemple todos os ocupantes e garanta uma avaliação justa e imparcial da situação.

O bloqueio da AC-10 representa a gravidade da situação e a determinação dos moradores em serem ouvidos. A paralisação da rodovia deve permanecer até que suas reivindicações sejam atendidas e uma solução justa para o conflito fundiário seja encontrada. A Defensoria Pública foi acionada pelos moradores, buscando garantir seus direitos e a participação equitativa no processo. A falta de notificação prévia da audiência judicial também é apontada como prova da falta de transparência e respeito aos direitos dos ocupantes. A situação exige uma intervenção imediata das autoridades competentes para evitar maiores transtornos e garantir a resolução pacífica do conflito.

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