GERAL
Tarifa de Trump afeta 36% das exportações brasileiras para os EUA

O anúncio da Casa Branca de uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros causou um impacto significativo, mas menos severo do que inicialmente previsto, nas exportações brasileiras para os Estados Unidos. Um levantamento preliminar do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), baseado nos dados de 2024, indica que apenas 35,9% das exportações brasileiras serão afetadas pela sobretaxa.
Essa redução no impacto se deve à inclusão de cerca de 700 itens em uma lista de exceções, que inclui produtos como aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro. Esses itens continuarão sujeitos à tarifa de até 10% já existente. Adicionalmente, 19,5% das exportações brasileiras já estavam sujeitas a tarifas específicas, implementadas anteriormente pelo governo Trump sob o argumento de segurança nacional. Este grupo inclui produtos como autopeças e automóveis. Produtos como aço, alumínio e cobre, embora também sujeitos à tarifa de 50%, estão incluídos nesses 19,5% devido à aplicação prévia de tarifas justificadas por questões de segurança nacional.
Em resumo, o Mdic estima que 64,1% das exportações brasileiras para os EUA (a soma das exportações excluídas da tarifa de 50% e aquelas com tarifas preexistentes) continuam a competir em condições semelhantes às de outros países. O ministério ressalta que este é um dado preliminar e aguarda esclarecimentos sobre algumas especificações de produtos. Produtos em trânsito para os EUA até sete dias após a publicação da ordem executiva também estão isentos das novas tarifas. Embora o impacto seja menor do que o inicialmente temido, a situação requer monitoramento constante e negociações para mitigar potenciais danos à economia brasileira.
