POLÍTICA
Datafolha aponta Lula à frente de Bolsonaro em simulação de segundo turno para 2026

Uma nova pesquisa Datafolha, divulgada em 2 de setembro, apresenta um cenário de segundo turno para as eleições presidenciais de 2026, projetando uma disputa acirrada entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). A pesquisa indica uma leve vantagem para Lula, com 47% das intenções de voto contra 43% de Bolsonaro. Comparando com a pesquisa de junho, Lula subiu três pontos percentuais, enquanto Bolsonaro caiu dois. Os números demonstram uma oscilação significativa no cenário político, indicando uma possível mudança na percepção do eleitorado em relação aos dois candidatos.
A pesquisa destaca a inestabilidade do cenário eleitoral, com uma diferença de apenas quatro pontos percentuais entre os dois principais candidatos. Considerando a margem de erro de dois pontos percentuais, a disputa se mostra tecnicamente empatada, o que reforça a incerteza sobre o resultado final. A pesquisa também aponta que 10% dos entrevistados declararam voto em branco, nulo ou nenhum, enquanto 0% disseram não saber em quem votar.
É importante ressaltar que Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), embora ainda possa recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esta inelegibilidade, no entanto, não parece ter impactado significativamente suas intenções de voto neste cenário simulado de segundo turno. A pesquisa sugere que uma parcela considerável do eleitorado ainda o considera como uma opção viável, apesar da situação jurídica.
No cenário de primeiro turno, a pesquisa demonstra uma vantagem ainda maior para Lula (39%) em comparação a Bolsonaro (33%). Outros candidatos, como Ratinho Júnior (PSD), Ronaldo Caiado (União) e Romeu Zema (Novo), aparecem com percentuais significativamente menores. Neste cenário, 9% dos entrevistados declararam voto em branco, nulo ou nenhum, e 2% disseram não saber em quem votar.
A pesquisa Datafolha entrevistou 2.004 pessoas presencialmente entre 29 e 30 de julho. Os resultados, embora expressivos, devem ser analisados com cautela, considerando a distância temporal para as eleições e a possibilidade de mudanças no cenário político até 2026. A pesquisa serve como um importante indicador das tendências atuais, mas não garante o resultado futuro. Fatores como a economia, eventos políticos e as estratégias de campanha dos candidatos poderão influenciar significativamente os resultados eleitorais.
