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GERAL

Moraes rebate ex-ministro e diz que STF é “vacina” contra autocracia

Publicado em

Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rebateu o ex-colega de Corte Marco Aurélio Mello, e afirmou que a instituição atuou como “vacina” após o Brasil ter sido infectado pela “doença” da autocracia.

Em entrevista ao jornal Washington Post, divulgada nesta segunda-feira (18/8), Moraes defendeu o STF após Marco Aurélio, hoje aposentado, declarar estar “triste com a deterioração da instituição” e dizer que “a história é implacável” e “acerta as contas depois”.

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Moraes, porém, contestou o ex-colega e afirmou que o STF teve de agir como “vacina” diante da infecção do Brasil pela “doença” da autocracia, reforçando o trabalho da Corte diante dos ataques à democracia.

“Não há como recuarmos naquilo que precisamos fazer”, afirmou. “Digo isso com total tranquilidade.”

O ministro também ressaltou que, apesar de estar na lista de sanções da Lei Magnitsky — sobretudo por sua atuação como relator da ação penal contra Bolsonaro —, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seguirá conforme previsto.

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“Não há a menor possibilidade de recuar um milímetro sequer”, reiterou o ministro. “Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido.”

O presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin, agendou o julgamento do núcleo 1 da ação penal, que inclui Bolsonaro e aliados, para setembro, após pedido de Moraes.

Foram convocadas sessões extraordinárias para 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro de 2025, das 9h às 12h, além de uma sessão extraordinária no dia 12, das 14h às 19h. O ministro também convocou sessões ordinárias para 2 e 9 de setembro, das 14h às 19h.

Trama golpista

Bolsonaro e aliados — entre eles o ex-ministro Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid — são réus por tentativa de golpe, com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022 e manter o então presidente no poder.

O julgamento será presencial. Além do núcleo central, que envolve o ex-presidente, outros três grupos também respondem criminalmente por participação na tentativa de golpe, mas ainda sem data definida para análise pelos ministros da Primeira Turma. Os três núcleos permanecem na fase anterior ao julgamento, sem que tenha sido aberto o prazo para apresentação das alegações finais.

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