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GERAL

Moraes nega apelação e mantém pena de 14 anos a mulher que pichou estátua da Justiça em 8 de Janeiro

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O ministro Alexandre de Moraes, durante sessão do STF Foto: Fellipe Sampaio/STF / Perfil Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um recurso protocolado pela defesa da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, sentenciada a 14 anos de prisão pelo envolvimento nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Com a decisão, permanece em vigor a condenação imposta a Débora, que ganhou notoriedade após escrever, com batom, a frase “Perdeu, mané” na escultura da Justiça, localizada em frente à sede do STF. A expressão ficou famosa após ser usada pelo atual presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, ao responder a um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro durante um encontro em Nova York.

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“A defesa da ré sustentava que a atitude tinha caráter simbólico e não configurava crime. Segundo o advogado Hélio Garcia Ortiz Júnior, “a acusada pensou que estava apenas exercendo o seu direito à livre manifestação”. O pedido ao STF visava à revisão da pena, com base em votos divergentes durante o julgamento.

A defesa solicitava a absolvição parcial da condenada, de acordo com o voto do ministro Luiz Fux — que propôs uma pena significativamente menor, de 1 ano e 6 meses — ou, de forma alternativa, a aplicação da pena de 11 anos sugerida pelo ministro Cristiano Zanin.

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No entanto, Moraes argumentou que o tipo de recurso utilizado — o chamado “embargo infringente” — só é cabível quando ao menos dois ministros votam pela absolvição, o que não se verificou nesse caso. Zanin discordou apenas do tempo de pena, mas manteve a condenação.

Com a decisão, Débora seguirá cumprindo a pena de 14 anos por crimes ligados à tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, associação criminosa e dano qualificado ao patrimônio público.

 

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