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POLÍTICA

Crise Institucional no Acre: Governo pede afastamento de Conselheira após acusação de “Assassino” a Gladson Cameli

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A crise institucional entre o governo do Acre e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) atinge um novo patamar com o pedido do governo para afastar a conselheira Naluh Gouveia da relatoria de processos ligados ao Executivo, incluindo a prestação de contas do governador Gladson Cameli.

De acordo com o regimento interno do TCE, a relatoria das contas do governo é definida anualmente por rodízio entre os conselheiros, e Naluh Gouveia foi a escolhida para 2024.

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A solicitação do governo, divulgada inicialmente pelo repórter Adailson Oliveira da TV Gazeta, justifica-se pela alegação de que Naluh não seria imparcial. O governo cita como exemplo a tentativa da conselheira de suspender o rodeio da Expoacre por meio de liminar, posteriormente derrubada pela Justiça. A gestão estadual argumenta que há risco de reprovação antecipada das contas, sem uma análise técnica aprofundada.

No entanto, foi apurado que o principal motivo da crise seria uma declaração de Naluh em um evento sobre feminicídio, tema em que o Acre apresenta um dos piores índices do Brasil. Na ocasião, a conselheira teria chamado o governador Gladson Cameli de “assassino”. Testemunhas relataram que o episódio foi marcado por um “descontrole” da conselheira, que “não tem filtro” ao expor suas opiniões. Interlocutores próximos à conselheira minimizam o caso, afirmando que ela teria feito “apenas uma analogia”.

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A reportagem apurou que o caso deve ser levado não apenas à esfera do TCE, mas que o governador estuda a possibilidade de mover uma ação cível e criminal contra Naluh.

O pedido de afastamento de Naluh está sob análise da presidente do TCE, Dulcineia Benicio, e poderá ser levado ao plenário para análise dos demais conselheiros.

Durante uma reunião com secretários de Estado, a reportagem questionou o governador sobre o caso. Gladson confirmou o pedido, alegando que a demanda ocorreu mais por uma questão de perfil e de ordem jurídico-administrativa, sem mencionar a acusação de “assassino”.

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“Mas é justamente pelo próprio perfil. E assim, é uma questão jurídica, uma questão mais administrativa, interna e jurídica”, declarou o governador. Sem se alongar no assunto, Cameli disse apenas que o caso está sendo analisado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE). “A PGE está resolvendo, a Procuradoria”, concluiu.

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