Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

POLÍTICA

Apoio do Centrão ao Governo Lula enfrenta desgaste após dois anos de reforma ministerial

Publicado em

Dois anos após o início das negociações que levaram partidos do centrão a integrar o governo, o apoio à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem demonstrado sinais de fragilidade. A perda de força dessa aliança prenuncia as articulações para o ano eleitoral e levanta questionamentos sobre a estabilidade da base governista.

A formalização da Federação União Progressista (UPb), formada por União Brasil e PP, e a reviravolta no comando da CPMI do INSS (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) evidenciaram a crescente distância entre o governo e as siglas de centro. Apesar de PP, União Brasil e Republicanos ainda integrarem a Esplanada, controlando cinco ministérios, esses eventos recentes indicam um possível realinhamento político.

Continua depois da publicidade

A aliança atual foi resultado de uma reforma ministerial que se estendeu de agosto a setembro de 2023, quando os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumiram os ministérios do Esporte e dos Portos e Aeroportos, respectivamente. O objetivo era ampliar a base aliada no Congresso para garantir votos em pautas prioritárias, mas a medida não resultou em uma base de apoio consolidada e estável para o Planalto.

Com as eleições de 2026 no horizonte, as alianças estão cada vez mais abaladas. O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), aliado de Jair Bolsonaro (PL), defende o desembarque da Esplanada, afirmando que a maioria do partido deseja deixar o governo o mais rápido possível. A “superfederação” UPb, que aguarda homologação do TSE, reunirá cerca de 20% do Congresso, com 109 deputados federais e 15 senadores.

Continua depois da publicidade

Além disso, nomes de partidos de centro e centro-direita se preparam para a corrida presidencial. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), lançou sua pré-candidatura, enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), surge como um possível candidato com potencial para herdar votos de apoiadores de Bolsonaro.

No Congresso, a oposição conquistou o comando da CPMI do INSS, com o senador Carlos Viana (Podemos-MG) derrotando o indicado do governo, senador Omar Aziz (PSD-AM). Com a mudança, o relator Ricardo Ayres (Republicanos-TO) foi substituído por Alfredo Gaspar (União-AL). Integrantes do governo reconheceram falhas na articulação, uma crítica recorrente do centrão desde o início da gestão.

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement