ENTRETENIMENTO
Whindersson faz apelo a Mark Zuckerberg após queda no engajamento: ‘É como fazer show com microfone desligado’

O influenciador Whindersson Nunes, de 30 anos, fez um desabafo direcionado a Mark Zuckerberg, CEO da Meta — empresa que detém Facebook, WhatsApp e Instagram —, na manhã desta segunda-feira, 25. Segundo o artista, que reúne 57 milhões de seguidores, toda vez que tenta abordar um assunto além do humor em suas redes, como educação, percebe que seu engajamento despenca.
“Primeiro, deixa eu te contar uma coisa inusitada: eu não falo inglês. Sou brasileiro, sou comediante… e, sinceramente? Sou meio bairrista — adoro minha língua. Normalmente, não me importo em falar mais nada. Quando vocês vêm para o Brasil, aprendem português para vender, né? Mas, quando é o contrário… ninguém se importa com a nossa língua. Então, olha para mim agora, Mark. Estou quebrando minha própria regra. Falando em inglês. Não porque eu ame… mas porque preciso que você me entenda”, justificou Whindersson em postagem em seu perfil no Instagram.
O influenciador, então, apresentou seus números a Zuckerberg para explicar o problema que enfrenta. “Minhas postagens não alcançam as pessoas que já me seguem. É como fazer um show de stand-up num estádio e o microfone estar desligado”, lamentou.
Em seguida, o humorista afirmou que, assim como muitos outros produtores de conteúdo, é responsável pelo sucesso das plataformas do empresário. “Mark, eu vivo nesta plataforma. Eu trabalho aqui. Trago milhões de horas de atenção para cá. Mas, quando tento compartilhar meus outros projetos — educação, tecnologia, moda sustentável, música —, de repente minha conta deixa de ser minha. De repente, estou competindo com a empresa que ajudei a construir. Parece que a regra é: ‘Se não lucrarmos, você também não ganha’. Isso não é parceria, é punição”.
Whindersson ainda lamentou o fato de que, enquanto seus conteúdos educativos não alcançam sequer o público mínimo de sua base, vídeos e postagens nocivas a diferentes públicos possuem engajamento de sobra.
“E ouça — o Instagram diz que é democrático. Mas rolamos a página e vemos discurso de ódio, homofobia, até pedofilia… e nada acontece. Enquanto isso, criadores tentando espalhar algo positivo, educacional ou sustentável? Somos soterrados pelo algoritmo. Então imagine: se isso acontece comigo — com 57 milhões de pessoas esperando para ouvir de mim — que tal um novo criador começando hoje? Não se trata apenas de mim, Mark. É um manifesto. Um apelo por justiça, por transparência, por respeito”.
Ao fim de seu apelo a Zuckerberg, Whindersson fez um trocadilho sobre o modo como as redes funcionam: “Se o algoritmo for mesmo Deus, então, por favor, nos deem um confessionário — porque, neste momento, o único pecado é tentar ser independente”.









