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Nova variante de Covid traz forte dor de garganta com sensação de “engolir navalha”; casos aumentam no Japão

Tóquio, Japão – O número de casos de Covid-19 estão aumentando no Japão, impulsionado pela disseminação de uma nova variante derivada da Ômicron, chamada NB.1.8.1, ou Nimbus, informaram o jornal Sankei e a emissora NHK. O nome, que significa “nuvem de chuva” em latim, também é conhecido por aparecer como a famosa vassoura da série Harry Potter.
Segundo profissionais da saúde, uma das características dessa variante é que os sintomas podem começar como um resfriado comum de verão, mas, em alguns casos, evoluem de forma repentina para forte dor de garganta, como se estivesse “engolinado uma navalha”. Apesar de apresentar uma transmissibilidade ligeiramente maior do que as variantes anteriores, especialistas afirmam que não há evidências de aumento no risco de casos graves.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 4 e 10 de agosto, foram notificados 23.126 casos de Covid-19 em cerca de 3 mil instituições médicas, o que representa uma média de 6,13 pacientes por hospital — a oitava semana consecutiva de alta. Testes genéticos confirmaram que, em junho, a variante Nimbus já correspondia a 40% das infecções registradas no país.
Especialistas explicam que a Covid-19 costuma ter dois picos sazonais, no verão e no inverno. O aumento atual estaria relacionado tanto ao período de férias do Obon, quando há grande movimentação de pessoas, quanto à volta às aulas, que tende a intensificar os contatos e elevar os riscos de contágio até meados de setembro.
Na província de Aichi, a situação é considerada mais crítica. No mesmo período, foram registrados 1.671 casos em 163 instituições médicas, com média de 10,25 pacientes por hospital, a quinta semana seguida de alta. O governador Hideaki Omura alertou que, se a tendência continuar, a região pode entrar na chamada 12ª onda de infecções.
As autoridades reforçam a importância de manter medidas básicas de prevenção, como uso de máscaras, ventilação adequada dos ambientes e higienização das mãos, para conter a propagação da variante Nimbus e evitar um agravamento da situação nos próximos meses.