Suprema Corte dos EUA libera governo Trump a usar raça e idioma para deter imigrantes

A Suprema Corte dos Estados Unidos, de maioria conservadora, deu aval ao governo do presidente Donald Trump a continuar fazendo operações para deter e deportar imigrantes com base em sua raça ou idioma.

O tribunal atendeu a um pedido do Departamento de Justiça para suspender uma ordem de uma juíza federal, que proibia agentes de parar ou deter pessoas sem “suspeita razoável” de que estejam no país ilegalmente – se falassem espanhol ou inglês com sotaque, por exemplo.

Em sua sentença, a juíza concluiu que as ações do governo Trump violavam a proteção da Quarta Emenda da Constituição dos EUA, contra buscas e apreensões injustificadas. A decisão se aplicava à jurisdição de seu tribunal, que abrange grande parte do sul da Califórnia.

Os três juízes liberais da Suprema Corte discordaram publicamente da decisão. Com maioria conservadora, 6 contra 3, a Suprema Corte americana tem ficado marcada por apoiar Trump na maioria dos casos que foi chamada a analisar desde que Trump retornou à presidência, em janeiro.

Detenção 

Trump venceu as eleições no ano passado para um segundo mandato prometendo deportações em nível recorde. De acordo com os dados do DHS, mais de 352 mil imigrantes foram detidos nos primeiros 200 dias do governo Trump. O número de deportados chegou a 324 mil no período, média de 1,6 mil por dia.

Na última quinta-feira, 4, agentes de imigração dos Estados Unidos detiveram 475 trabalhadores em uma instalação da Hyundai em Ellabell, na Geórgia. A ação foi conduzida pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) e pelo setor de Investigações de Segurança Interna (HSI), com apoio de outras agências federais e estaduais. (*Com informações da Reuters)