RIO BRANCO
Acre registra 67 internações por envenenamento em 10 anos, aponta levantamento da Abramede

Rio Branco, AC – Um levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), divulgado nesta segunda-feira (8), revela que o Acre contabilizou 67 internações por envenenamento nos últimos 10 anos, sendo três delas decorrentes de intoxicação proposital.
De acordo com o estudo, que utilizou dados do Sistema Único de Saúde (SUS), o ano de 2016 registrou o maior número de internações no estado, com 11 casos, seguido por 2023 (10 casos) e 2017 (9 casos). Os demais anos apresentaram variações, com 6 casos em 2015, 7 em 2018, 5 em 2019 e 2020, 6 em 2021, 1 em 2022 e 7 em 2024.
Em nível nacional, o Brasil registrou 45.511 internações por envenenamento entre 2009 e 2024, com uma média anual de 4.551 casos, o que equivale a aproximadamente 379 registros por mês ou 12,6 atendimentos por dia. A cada duas horas, uma pessoa necessita de atendimento de emergência devido à ingestão de substâncias tóxicas ou reações graves a elas.
A análise da série histórica mostra um aumento nos casos de internação após uma queda entre 2015 e 2021, atingindo picos em 2023 (5.523 registros) e 2024 (5.560). A maioria dos atendimentos envolve categorias inespecíficas, como drogas e substâncias químicas não determinadas.
Entre os envenenamentos acidentais com causas identificadas, destacam-se o uso de analgésicos e medicamentos para dor, febre e inflamação (2.225 casos), manuseio de pesticidas (1.830 casos), álcool por causas não determinadas (1.954 casos) e uso de anticonvulsivantes, sedativos e hipnóticos (1.941 casos). Outras categorias relevantes incluem drogas, medicamentos e substâncias biológicas não especificadas (6.407 casos), produtos químicos não especificados (6.556) e substâncias químicas nocivas não especificadas (5.104).
