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Turista argentino é encontrado morto no Rio; polícia investiga golpe do ‘Boa noite, Cinderela’

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte de um turista argentino, de 54 anos, que foi encontrado morto na capital fluminense na segunda-feira, 8. A vítima, identificada como Alejandro Ainsworth, foi localizada na estrada da Grota Funda, na zona oeste do Rio.
Apesar de o argentino ter sido localizado há três dias, a polícia só conseguiu confirmar a identidade dele nesta quinta-feira, 11. Por ser estrangeiro, suas informações não constavam nos bancos de dados do País, o que atrasou a identificação, explicou a polícia.
“O corpo não apresentava sinais de morte violenta, e os indícios apontam para a possibilidade de ele ter sido vítima de Boa Noite, Cinderela”, afirmou a Polícia Civil, em nota. “Exames periciais vão determinar a causa da morte.” O golpe do “Boa Noite, Cinderela” é quando são misturadas substâncias químicas em bebidas que deixam turistas dopados para, então, subtrair seus pertences.
As investigações estão sendo conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), e o desaparecimento dele, constatado desde domingo, 7, vinha sendo investigado pela Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat).
Ao jornal La Nación, da Argentina, os filhos do turista alegam que o pai foi vítima de sequestro e que “movimentações suspeitas” começaram a ser feitas em suas contas bancárias. “Entendo que tenha sido um sequestro, porque, às 2h da manhã de segunda-feira, ocorreram movimentações financeiras, mudanças de senhas, transações e, às 7h, foi tirada uma foto com um celular, que depois foi enviada para o Google Fotos”, disse Alan, um dos filhos de Ainsworth.
A Polícia Civil afirma que a Delegacia de Homicídios da Capital segue em diligências para apurar a autoria e as circunstâncias do crime. No mês passado, três mulheres tiveram a prisão decretada pela Justiça acusadas de dopar e roubar dois turistas ingleses, encontrados desorientados na praia de Ipanema após beber caipirinhas misturadas com produtos químicos. As suspeitas foram denunciadas pelo Ministério Público e já se tornaram rés na Justiça do Rio.
