Cidades de Minas Gerais registram terremoto na noite desta terça-feira

Moradores de Contagem, Betim e Ribeirão das Neves, em Minas Gerais, relataram ter sentido um terremoto entre a noite desta terça, 16, e a madrugada de quarta-feira, 17. Apesar do susto, não foram registradas emergências relacionadas ao tremor, que foi identificado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). O sismo teve magnitude de 2.9 na escala Richter (mR).

As redes sociais amanheceram com centenas de relatos de moradores que afirmam terem sentido suas camas se moverem, ou o chão se movimentar, além de terem ouvido um forte barulho.

Em Belo Horizonte, o tremor teria sido sentido no bairro Alípio de Melo. Em Betim, moradores do bairro de Icaivera também afirmam que presenciaram o terremoto. Em Contagem, houve relatos nos bairros Alvorada, Estâncias Imperiais, Nova Contagem e outros. Na cidade de Ribeirão das Neves, o tremor teria sido sentido no Veneza, Vereda e Santa Matilde.

Segundo os moradores, o abalo teria ocorrido por volta das 22h de terça, mas se repetiu às 2h30 desta quarta. A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), que é coordenada pelo Observatório Nacional (ON/MCTI) com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), foi o único órgão que registrou o sismo.

A RSBR informou que o tremor teve magnitude 2.9 mR, e que ocorreu às 22h12 (horário de Brasília), com epicentro próximo ao município de Contagem. Há relatos de que ele foi sentido em Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Betim, Ibirité, Esmeraldas, entre outros.

A medida abreviada como “mR” se refere à escala Richter, que mede a magnitude das ondas sísmicas registradas por sismógrafos. Os equipamentos medem as vibrações do solo que são geradas durante um terremoto.

“O abalo sísmico foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisado pelo Centro de Sismologia da USP”, diz a publicação no perfil oficial do órgão. “Pequenos tremores de terra em Minas Gerais não são incomuns, muito pelo contrário. É o estado com o maior número de abalos sísmicos registrados. Os tremores naturais, na sua grande maioria, se devem às grandes pressões geológicas que atuam na crosta terrestre”, explica Bruno Collaço, sismólogo do Centro de Sismologia da USP e da RSBR.