RIO BRANCO
Acre mantém alerta constante contra ameaças de facções, apesar da ausência de “Decretos” contra autoridades

Rio Branco, AC – Após o brutal assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, o debate sobre a segurança de autoridades no combate ao crime organizado ganha destaque. No Acre, embora não haja registros de “decretos” formais de execução emitidos por facções como PCC ou Comando Vermelho (CV), a vigilância permanece constante devido a ameaças pontuais.
-Cenário Acreano:
-Ausência de “Decretos”: Diferente de estados como São Paulo e Minas Gerais, o Acre não enfrenta “decretos” formais de facções contra autoridades.
-Ameaças Pontuais: Ameaças pessoais, geralmente ligadas a ações específicas de repressão, como a prisão de líderes, são uma realidade.
-Vigilância Constante: As forças de segurança mantêm um estado de alerta permanente, com foco em inteligência e prevenção.
Diferença entre ameaça pessoal e “Decreto”
O coordenador da Divisão Especializada de Investigações Criminais Especiais (Deic) do Acre, delegado Pedro Paulo Buzolin, explica que a distinção crucial reside na origem da ameaça:
-Ameaça Pessoal: Resulta de ressentimentos individuais de criminosos, sem o aval da cúpula da facção.
-“Decreto”: Decisão formal da liderança da organização criminosa, visando uma autoridade específica.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Henrique Maciel, ressalta que ameaças pontuais podem escalar, exigindo atenção contínua.
Casos recentes e a dinâmica das ameaças
-Assis Brasil: Uma suposta ameaça ao prefeito foi descartada como ação isolada ou trote.
-Magistrado da Execução Penal (2019/2020): Ameaça isolada, sem ligação com facções, com o autor preso em Brasília.
-Suposta Ameaça ao Prefeito de Rio Branco (2024): Investigação concluiu que se tratava de um trote.
Histórico de violência contra agentes de Segurança no Acre
Apesar da ausência de “decretos” recentes, o Acre registra um passado de violência contra agentes de segurança:
-Execuções de Policiais Penais (2015-2017): Casos como os de Anderson Albuquerque, Romário Cavalcante Alexandre e Humberto Furtado, motivados por suas funções e ligações com facções.
Alerta permanente
Maciel enfatiza que, em um contexto de crime organizado, a prevenção é fundamental. A comparação com o caso do ex-delegado-geral de SP serve como um lembrete de que autoridades, mesmo fora de suas funções, podem ser alvos.
Em resumo, o Acre, embora não enfrente a mesma situação de “decretos” de facções como outros estados, mantém um estado de alerta constante, focado na prevenção e na investigação de ameaças pontuais contra autoridades.
