RIO BRANCO
Declaração de Secretário gera forte reação e denúncias de “Guerra Política” no Acre

Rio Branco, AC – Uma declaração do secretário e líder do Movimento de Direita do Acre (MDA), João Marcos Luz, nas redes sociais neste fim de semana, provocou uma onda de críticas e acusações de irresponsabilidade por parte de políticos do Partido dos Trabalhadores (PT) no estado. Luz associou o número 13, marca do PT, a um símbolo “diabólico”, afirmando que o voto em partidos de esquerda seria um “voto contra Deus, pátria, família e liberdade”.
A publicação, que visava criticar o PT e parlamentares acreanos por supostamente se afastarem das pautas da direita, rapidamente gerou indignação entre os petistas. André Kamai, presidente estadual do PT e vereador de Rio Branco, foi um dos primeiros a reagir, sugerindo que o secretário deveria direcionar sua atenção para os problemas sociais urgentes do Acre, em vez de se engajar em ataques políticos.
“Na minha opinião, o secretário devia estar preocupado com o número de pessoas morando na rua, que só cresce no Acre; com o empobrecimento da população nos bairros; e com a dificuldade de acesso ao mínimo de garantias de direito”, pontuou Kamai. Ele criticou a postura do prefeito, que, segundo ele, “prefere fazer guerra política” em vez de colaborar com o governo federal, o que resultaria em “prejuízo para a cidade”.
Kamai também aproveitou para contrastar as agendas políticas, destacando as propostas do PT, como “imposto de renda zero para quem ganha até R$ 5 mil, gás de cozinha gratuito para milhões de famílias e energia gratuita para pessoas de baixa renda”, em oposição ao que ele descreveu como pautas da direita, como “anistia para golpistas e a chamada PEC da Blindagem, que livra parlamentares e presidentes de partido de julgamento”. O vereador finalizou com uma ironia: “Se ele acha que pelo que eu luto é coisa do capeta, isso é problema dele. Talvez procurar o CAPS ajudaria bastante.”
Ainda no campo das reações, Cesário Braga, superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) no Acre, também se manifestou, qualificando as falas de João Marcos Luz como um “problema mental” e uma “doença”. Braga enfatizou que o secretário deveria focar em suas responsabilidades públicas.
“Eu acho que o João Marcos tem um problema mental, uma doença que ele carrega. Foi dada uma função pública para ele, mas, em vez de trabalhar para cuidar da sociedade, passa o tempo falando besteira. Ele precisa crescer e trabalhar de verdade”, declarou Braga, reforçando a expectativa de que o secretário dedique-se ao trabalho em vez de ataques políticos.
As declarações de João Marcos Luz e a forte resposta dos petistas evidenciam a polarização política no Acre, com embates que transcedem as pautas legislativas e se estendem para o campo ideológico e pessoal nas redes sociais.
