MUNDO
EUA considera revogar visto de Comandante do Exército Brasileiro em meio a tensões políticas

WASHINGTON, D.C. – 23 de Setembro de 2025 – O governo dos Estados Unidos está avaliando a possibilidade de revogar o visto do General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, atual comandante do Exército Brasileiro, em uma medida que eleva a tensão diplomática entre Washington e Brasília. A decisão em potencial surge em meio a alegações de que o general teria sido indicado ao cargo por influência do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e que garantiria apoio militar a decisões controversas do magistrado.
Fontes internas do Departamento de Estado dos EUA indicam que um extenso mapeamento das interações entre Moraes e o General Tomás levantou preocupações na Casa Branca. A suspeita é que determinações judiciais do ministro, incluindo aquelas que alvejaram membros das forças armadas, foram previamente alinhadas com o comandante do Exército.
A possível revogação do visto do General Tomás é parte de um pacote mais amplo de sanções que também mira integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Na segunda-feira, 22 de setembro, os EUA já haviam revogado os vistos de sete autoridades brasileiras, sinalizando uma postura mais assertiva em relação a questões internas do Brasil.
A medida tem potencial para impactar negativamente as parcerias militares em andamento entre os dois países. Generais próximos a Tomás consideram que uma ação hostil por parte dos EUA seria um “tiro no pé” e poderia romper importantes canais de diálogo.
O comandante do Exército Brasileiro preferiu não comentar sobre o assunto.
Adicionalmente, o nome do General Tomás surgiu em uma conversa entre o Tenente-Coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o advogado Eduardo Kuntz. No diálogo, Cid alega que o comandante do Exército confidenciou ao seu pai, o General Lourena Cid, que Moraes teria expressado descontentamento com o ex-presidente Bolsonaro.
Apesar das tensões, um integrante do governo Trump ouvido extraoficialmente expressou ceticismo quanto à capacidade de novas sanções alterarem a postura do presidente Lula e de ministros do STF, mas garantiu que mais punições serão aplicadas.
