POLÍCIA
Polícia investiga morte de criança após comer bolo envenenado feito por avó; veja o que se sabe

A Polícia Civil investiga, há dois meses, a morte de Alana dos Santos Cardoso Marques, de 9 anos, que passou mal após comer um bolo preparado por sua avó paterna, em São Francisco (MG). As amostras apontaram que o alimento continha terbufós, substância tóxica usada em pesticidas. A mulher, de 59 anos, está presa. As informações são da InterTV, afiliada da Rede Globo.
Quando o crime ocorreu?
O caso ocorreu no dia 23 de julho, quando Alana e a irmã, de 11 anos, estavam na casa da avó. A menina começou a passar mal pouco depois de ter comido um bolo de panela feito pela familiar e chegou à unidade hospitalar em parada cardíaca. A criança mais velha também passou mal, mas teve apenas sintomas leves e sobreviveu.
Comportamento da avó chamou a atenção
De acordo com a emissora, o comportamento da avó chamou a atenção das autoridades. A mulher teria demonstrado frieza em seus depoimentos. O mesmo comportamento teria sido demonstrado também no momento em que Alana passou mal na residência, conforme foi relatado pela irmã da menina.
“A sobrevivente aparenta estar com um abalo emocional muito grande, até a forma como ela depôs, evidencia isso. Ela contradisse, em vários aspectos, a avó, em especial no que se refere ao tratamento que a avó deu a uma situação tão trágica. A própria sobrevivente foi quem gritou pela avó, ‘tal pessoa está morta, tal pessoa está morta’. A avó estava tomando banho, lavando o cabelo nesse momento. Ela chegou, se deparou com aquela criança já com fluidos sendo expelidos pelo nariz, com o olhar revirado, uma situação que evidenciava ali possível morte. Ela foi massagear a barriguinha da neta. Não é isso que se espera de um ser humano dentro de um contexto de normalidade”, afirmou o delegado Willian Araújo durante uma coletiva de imprensa.
Avó está presa
A avó, de 59 anos, que não teve sua identidade revelada, foi presa preventivamente na última sexta-feira, 19. Ela passou por audiência de custódia e sua detenção foi mantida pela Justiça. A Polícia Civil ainda busca entender o que teria motivado o crime.
O Terra não localizou a defesa da mulher até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.
Família se pronunciou
À emissora, a mãe de Alana, Regiane Gonçalves dos Santos, classificou a situação como um “pesadelo”.
“Para mim é um pesadelo, é só um sonho e isso não está acontecendo, mas quando eu caio na realidade… Já não estou conseguindo nem sair do quarto mais. Fico o dia todinho só pensando como uma pessoa teria coragem de fazer isso com uma criança. Ela era muito feliz, brincava e ria. […] Uma menina que não era capaz de responder ninguém”, desabafou.
A reportagem procurou a Polícia Civil para ter mais detalhes sobre o caso, mas não teve retorno até o momento.
