CIDADES
Ex-PM que matou a própria irmã a tiros é condenada a 24 anos de prisão no RJ

A Justiça do Rio de Janeiro condenou a ex-policial militar Rhaillayne Oliveira de Mello a 24 anos de prisão por matar a tiros a própria irmã, a comerciante Rhayna Oliveira de Mello. O caso ocorreu em julho de 2022, em São Gonçalo (RJ). A princípio, a pena deve ser cumprida em regime fechado.
A ex-soldado passou por júri popular na última quarta-feira, 23, no qual foram imputadas a ela duas qualificadoras no homicídio: motivo fútil e homicídio mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Conforme a juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, na data do crime, Rhaillayne havia feito uso de remédio controlado, que comprou sem receita, e ingeriu bebida alcoólica.
Depois, sem qualquer intuito específico, foi até a sua casa e pegou a arma de fogo usada por ela na corporação, saindo sem destino.
A magistrada classificou o caso como “tragédia familiar”, apontando ainda que o filho da vítima ficou órfão ainda na primeira infância. “O delito é duplamente qualificado, por ter sido praticado por motivo fútil e à traição”.
“Mostra-se inaceitável e inadmissível que um agente da lei, que deveria proteger a população, disponha de sua arma de fogo, mesmo estando em estado de embriaguez pré-ordenada. Sua conduta mostra-se muito mais grave que qualquer outra. Mesmo sabedora de tal condição, não hesitou em agir ilicitamente”, declarou a magistrada.
O Terra não localizou a defesa Rhaillayne Oliveira de Mello até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.
Relembre o crime
O caso ocorreu por volta das 7h30 do dia 2 de julho de 2022, quando Rhaillayne tinha 23 anos e era lotada no 7º Batalhão da PM. Na noite anterior, ela havia ido a uma festa com familiares no bairro Barro Vermelho.
Ao sair da festa, as duas teriam ido em uma carro de aplicativo, mas começaram uma discussão. Enquanto Rhayana parou em um posto de combustível na Rua Francisco Portela, no bairro Camarão, a ex-PM foi até a sua casa para buscar uma arma.
Quando ela voltou ao local, as duas discutiram novamente e ela atirou algumas vezes contra a irmã. Rhaillayne foi presa em flagrante pelo marido, que também é policial militar, e encaminhada para o 73ª DP (Neves), onde o caso foi registrado. A investigação foi conduzida pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá.
