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MUNDO

Sob aplausos e vaias, Netanyahu cita ‘mapa do terror’ do Irã e ameaça Hamas na ONU

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Quem assassinou americanos e europeus a sangue frio?, questinou Benjamin Netanyahu Foto: Michael M. Santiago/Getty Images

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta-feira, 26, na 80ª Assembleia Geral da ONU e atacou o Irã e seu programa de armas nucleares, que, segundo ele, visa ameaçar não apenas seu país, mas o mundo todo.

Sob aplausos e vaias, o político exibiu um mapa que mostrou no ano passado, representando o que ele chama de “eixo terrorista do Irã”, com destaque para o país persa, Iêmen e Síria. Durante o discurso, várias delegações deixaram a plateia, incluindo os representantes brasileiros.

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Netanyahu descreveu o programa iraniano de armas e suas alianças e relembrou os sucessos de Israel contra o Irã, os houthis no Iêmen, a Síria e contra os líderes do Hamas em Gaza, enfatizando que, neste ano, “essa coalizão de forças foi derrotada”.

“No ano passado, mostrei este mapa do terror do Irã, que está desenvolvendo rapidamente um programa nuclear e de mísseis balísticos. Estes não apenas ameaçam destruir Israel, mas também colocam em risco os Estados Unidos”, afirmou.

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Netanyahu também exibiu uma placa com a seguinte pergunta: Quem assassinou americanos e europeus a sangue frio?, com cinco respostas alternativas: Al Qaeda; Hamas; Hezbollah; Irã; e todas as alternativas. O primeiro-ministro sinalizou a última opção como a correta, pediu o restabelecimento das sanções das Nações Unidas contra o Irã e agradeceu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por suas ações ousadas e decisivas contra a nação persa.

Prometemos que o Irã não teria uma bomba nuclear e conseguimos. Mas devemos permanecer vigilantes”, enfatizou.

Sobre a guerra na Faixa de Gaza, Netanyahu garantiu que Israel “quer concluir o trabalho” no enclave palestino “o mais rápido possível” e lembrou que os últimos militantes do Hamas permanecem na Cidade de Gaza.

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Dirigindo-se diretamente ao grupo fundamentalista em relação aos reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza, o premiê israelense lembrou ter erguido cercas de segurança no enclave e ameaçou o grupo: “Libertem os reféns e deponham as armas. Se fizerem isso, viverão; se não fizerem, Israel os caçará”.

“Grande parte do mundo não se lembra mais do dia 7 de outubro, mas nós nos lembramos. Israel se lembra”, ressaltou ele, observando que ainda há 20 reféns vivos em Gaza e lendo seus nomes em voz alta.

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Netanyahu afirmou também que suas palavras estão sendo transmitidas ao vivo para os celulares dos moradores de Gaza, graças aos esforços da inteligência israelense. “Não nos esquecemos de vocês”, diz ele, acrescentando que o país não descansará até que leve “todos [os reféns] para casa”.

Segundo ele, se o Hamas concordar com as exigências de Israel, incluindo a desmilitarização de Gaza, a guerra no território poderá terminar. Apesar disso, o grupo já rejeitou publicamente a exigência de Israel de desmilitarizar Gaza e disse que libertaria todos os reféns restantes em troca do fim da guerra, da retirada das forças israelenses e da libertação dos prisioneiros palestinos.

Durante o pronunciamento na ONU, Netanyahu também revelou que “muitos líderes que condenam Israel publicamente nos agradecem a portas fechadas”.

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O premiê israelense vestiu um terno com um adesivo colado com um código QR que leva ao “site sobre atrocidades” com documentação sobre o ataque o Hamas em 7 de outubro.

De acordo com ele, “os últimos membros restantes do Hamas estão na Cidade de Gaza e prometeram repetir as atrocidades de 7 de outubro repetidamente, independentemente de quão severas suas forças tenham sido danificadas”. “Portanto, é por isso que Israel deve terminar o trabalho e fazê-lo o mais rápido possível”.

Por fim, Netanyahu disse que “os palestinos não acreditam na solução de dois Estados” e “não querem um Estado ao lado de Israel, mas no lugar de Israel”.

 

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