Acre luta contra o desemprego: Menos da metade da população em idade ativa está ocupada, aponta IBGE

Rio Branco, Acre – Um novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (26), revela um cenário preocupante no mercado de trabalho do Acre. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), menos da metade da população em idade de trabalhar no estado está efetivamente ocupada.

Dos 653 mil acreanos em idade ativa, apenas 324 mil exerciam alguma atividade remunerada no segundo trimestre de 2025, representando 49,7% desse contingente. Os dados também apontam para 26 mil pessoas desempregadas, resultando em uma taxa de desocupação de 7,3%.

O setor privado emprega 146 mil pessoas, com uma divisão entre 85 mil trabalhadores com carteira assinada e 61 mil sem vínculo formal. O setor público absorve 70 mil trabalhadores, enquanto o trabalho por conta própria responde por 91 mil ocupações. Além disso, 16 mil pessoas estão empregadas em atividades familiares auxiliares.

A informalidade persiste como um desafio significativo, afetando 151 mil trabalhadores que não possuem carteira assinada ou exercem atividades por conta própria sem contribuição à previdência. Essa situação expõe quase metade dos ocupados a uma maior vulnerabilidade, sem as garantias trabalhistas e previdenciárias essenciais.

Outro dado alarmante é a subutilização da força de trabalho. No Acre, 70 mil pessoas estavam subutilizadas no segundo trimestre, compreendendo indivíduos que desejam trabalhar mais horas ou que estão disponíveis, mas não conseguem encontrar uma ocupação adequada.

Especialistas apontam que a diversificação da economia local e o investimento em qualificação profissional são cruciais para reverter esse quadro. A busca por alternativas que promovam a geração de empregos formais e a redução da informalidade é um desafio urgente para o estado do Acre.