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‘Não sou o careca do INSS’, afirma ‘careca do INSS’ durante depoimento a CPMI

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Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como 'Careca do INSS' Edilson Rodrigues / Agência Senado

Durante sessão da CPMI do INSS nesta quinta-feira (25), o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes contestou repetidamente o apelido pelo qual passou a ser conhecido, o “careca do INSS”. Alguns parlamentares, incluindo o relator deputado Alfredo Gaspar, usaram o apelido durante perguntas, provocando reação do investigado.

“Falo olhando no olho de cada um de vocês, com todo respeito e seriedade. Não sou, nunca fui e nunca serei jamais esse careca do INSS que estão falando”, disse Antunes.

O empresário está preso desde 12 de setembro e é apontado como um dos principais operadores de um esquema de desvio de recursos de aposentadorias e pensões. No depoimento, porém, negou qualquer participação e afirmou que não trabalha para governos nem associações de aposentados envolvidas na fraude.

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“Sou Antônio Carlos Camilo Antunes, um empreendedor nato, um empresário que constituiu, ao longo de 47 anos de trabalho, uma trajetória marcada pela garra, pela resiliência, pela determinação de vencer na vida. Minha atuação sempre se deu no setor de prestação de serviços, em ramos diversificados… Não tenho qualquer relação com o governo em nenhuma de suas esferas”, disse à CPMI.

Antunes também contestou as acusações apresentadas durante a investigação:

“Nós trazemos para cá 18 milhões de páginas de documentos. Em momento algum, essa narrativa fantasiosa que eu tenho, tinha, planejei, elaborei, sinto muito. Isso nada mais é do que uma fantasiosa história”, completou.

Mais cedo, o investigado se recusou a responder perguntas do relator, alegando que algumas questões eram enviesadas. Isso gerou tensão na sessão, com o advogado Kleber Lopes discutindo com o deputado Zé Trovão.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, ressaltou que, apesar das declarações do empresário, a comissão possui informações sobre a atuação dele junto a entidades de aposentados envolvidas no esquema.

“Naturalmente, vamos deixar que as testemunhas falem o que quiser… Ele tem todo o direito de dizer que não conhece ninguém, que não participou, que estava ali apenas como convidado”, disse Viana.

Antunes não fez juramento de dizer a verdade durante a sessão. A reunião entrou em intervalo e ainda faltam mais de 30 parlamentares para questioná-lo.

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