Revitalização do Calçadão em Rio Branco paralisa em meio a acusações de falta de pagamento

Rio Branco, Acre – A obra de revitalização do antigo calçadão, um projeto aguardado no coração de Rio Branco, tornou-se palco de protestos e acusações. Trabalhadores da construção civil denunciam atrasos salariais, enquanto a prefeitura nega as alegações e aponta para um impasse burocrático.

O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, liderado por Dema Assis, divulgou um vídeo contundente nesta sexta-feira (26), cobrando explicações da gestão municipal. Segundo Assis, operários da Construtora Dias, empresa responsável pela execução do projeto financiado com recursos da Caixa Econômica Federal, estão com salários pendentes.

“Os trabalhadores estão entrando em contato conosco porque não estão pagando os operários”, declarou Assis no vídeo. “Se você observar, não tem ninguém trabalhando aqui porque a empresa não pagou os trabalhadores. Bocalom, o que você vai fazer?”

O líder sindical questionou a falta de comunicação por parte da prefeitura e da construtora, afirmando que os trabalhadores merecem uma explicação e o pagamento devido.

Em resposta às denúncias, o secretário municipal de Infraestrutura, Cid Ferreira, garantiu que não há dívidas pendentes do município com a Construtora Dias e que os pagamentos estão em dia.

Ferreira explicou que um termo aditivo ao contrato foi assinado e publicado recentemente, e que a administração aguarda apenas a medição da obra por parte da construtora para liberar os próximos recursos.

“Já foi assinado o termo aditivo do contrato da empresa que está trabalhando aí no Calçadão […] Estamos aguardando a empresa enviar para a gente a medição para que a gente possa fazer o pagamento deles”, afirmou o secretário. “Não temos dívidas pendentes com ele, está em dia.”

Apesar das garantias da prefeitura, a paralisação da obra e as denúncias dos trabalhadores lançam dúvidas sobre a continuidade do projeto e o cumprimento dos direitos trabalhistas. A situação exige uma solução rápida e transparente para evitar maiores prejuízos aos trabalhadores e à população de Rio Branco.