Mãe denuncia agressão a filha em Escola Militar de Cruzeiro do Sul; SEE investiga

Cruzeiro do Sul, AC – Uma mãe, identificada como Natália Rosas, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil nesta sexta-feira, 26, alegando que sua filha foi agredida dentro da Escola Cívico-Militar Madre Adelgundes Becker, localizada no bairro Miritizal, em Cruzeiro do Sul. Segundo a denúncia, um monitor da escola teria tomado o celular da jovem de forma violenta, apesar da direção ter liberado o uso do aparelho para fins pedagógicos.

“Minha filha foi agredida por um monitor que tomou o celular dela à força, mesmo com a autorização da escola. Os braços dela estão roxos. Não é a primeira vez que isso acontece, já houve casos de tapas em alunos. Quero saber se o governo está colocando esses monitores para agredir nossos filhos”, desabafou Natália Rosas, visivelmente revoltada.

A mãe também relatou que, além da agressão física, o monitor teria proferido ofensas verbais contra sua filha. “Ele ainda chamou minha filha de mentirosa e usou palavras ofensivas. É inadmissível que isso aconteça dentro de uma escola”, completou.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) informou que a direção da escola está acompanhando o caso e adotando as providências cabíveis, incluindo a comunicação ao Conselho Tutelar, à Delegacia da Criança e do Adolescente e à Representação da SEE. A secretaria também afirmou que a direção havia autorizado o uso do celular em sala de aula para fins de pesquisa.

A SEE destacou que, durante a apuração inicial, foram ouvidos alunos que presenciaram a situação e relataram que não houve agressão física ou tratamento verbal desrespeitoso por parte do monitor. Esses relatos foram registrados e encaminhados para avaliação das autoridades competentes.

Apesar disso, a SEE reforçou seu compromisso com a transparência, a proteção dos direitos de crianças e adolescentes e a manutenção de um ambiente escolar seguro e adequado ao processo de ensino-aprendizagem. A secretaria também mencionou a Lei Federal nº 15.100, de 13 de janeiro de 2025, que proíbe o uso de celulares por estudantes durante as aulas e intervalos, exceto quando autorizado para fins pedagógicos.

O caso segue sendo investigado pelas autoridades competentes, que deverão apurar os fatos e tomar as medidas necessárias.