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‘Não estou enxergando nada’: mulher fica cega após intoxicação por metanol em SP

Há 10 dias, a designer de interiores Rhadarani Domingos consumiu três caipirinhas em um aniversário em um bar localizado em um bairro nobra da cidade de São Paulo. Hoje, ela está internada e sem conseguir enxergar, em razão de uma intoxicação por metanol.
Casos de intoxicação com a substância estão sendo investigados pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado de São Paulo. A suspeita é de que bebidas foram adulteradas com mentanol.
No caso de Rhadarani, ela reforçou que estava em um estabelecimento conhecido, “não era um boteco de esquina”. “Foram três caipirinhas de frutas vermelhas com maracujá e vodka. Não tinha gosto nenhum diferente. O que me impressiona é que uma caipirinha é uma dose de vodka, mais fruta, açúcar, gelo. E ela causou um estrago bem grande. Eu não estou enxergando nada”, contou, em entrevista à TV Globo.
O estudante Diogo Marques apresentou a mesma reação que Rhadarani, dessa vez após beber doses de gin em casa, cuja garrafa foi comprada em uma adega da qual ele já era cliente. “Acordei, abri os olhos e estava tudo preto, com uma dor de cabeça muito forte”, disse.
A diferença é que Diogo voltou a enxergar logo. Ele passou três dias internado e os exames detectaram a presença de metanol em seu sangue. Seu amigo, Rafael Martins, não deu a mesma sorte. O jovem está em coma desde o dia 1º de setembro.
À emissora, Diogo compartilhou um áudio enviado por Rafael depois do encontro com ele e mais três amigas. Na mensagem de voz, ele dizia que tinha acordado com a sensação de estar “tudo rodando” e com a pressão baixa. Também ao programa, a mãe de Rafael, Helena, disse que o quadro do filho é irreversível.
