POLÍCIA
Rogério Andrade distribuiu mais de R$ 500 mil em propina a policiais, diz TV

O bicheiro Rogério Andrade, alvo de operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta sexta-feira, 3, distribuiu mais de R$ 500 mil a policiais do Rio de Janeiro, segundo informações da TV Globo. A propina foi entregue a batalhões da Polícia Militar e delegacias da Polícia Civil entre os dias 6 e 9 de maio de 2023.
Há indícios de que Flávio da Silva Santos, presidente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel e braço direito de Rogério, era responsável por realizar os repasses de dinheiro aos agentes públicos. A denúncia do MP apontou que as propinas foram distribuídas com o intuito de manter em atividade pontos de jogo do bicho e de máquinas caça-níquel no Rio de Janeiro.
Flávio, também conhecido como Pepé e Flávio da Mocidade, se entregou aos policiais após tentar se esconder no prédio onde vive. Rogério já está detido em uma unidade federal no Mato Grosso do Sul, e o Ministério Público solicitou que ele continue preso no local.
Flávio e Rogério foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público por constituição de organização criminosa voltada à exploração de jogos de azar. Na operação, também foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão contra Vinicius Drumond, ex-presidente da Imperatriz Leopoldinense, investigado como aliado dos denunciados e apontado como integrante da chamada “nova cúpula do jogo do bicho”.
Os agentes visitaram endereços na capital fluminense, na quadra da escola de samba Imperatriz Leopoldinense e em um haras localizado em Cachoeiras de Macacu (RJ).
A denúncia aponta que Rogério e Flávio atuam na gestão dos pontos de jogo e em disputas violentas com grupos rivais, como o então liderado por Fernando Iggnácio, assassinado em novembro de 2020 a mando de Rogério Andrade.
O Terra tenta contato com a defesa dos envolvidos. O espaço está aberto para manifestação.
