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GERAL

Alerta Nacional: Rondônia investiga primeiro caso de intoxicação por metanol em meio a crescente crise no país

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Candeias do Jamari, Rondônia – Em meio a um cenário alarmante de intoxicações por metanol associadas ao consumo de bebidas alcoólicas em todo o Brasil, Rondônia registra seu primeiro caso suspeito na cidade de Candeias do Jamari. A notificação, divulgada neste sábado (4) pelo Ministério da Saúde, coloca a região Norte em estado de alerta, integrando-se a uma crescente lista de estados investigando ocorrências similares.

O Brasil contabiliza, até o momento, 195 notificações de intoxicação por metanol, com 14 casos confirmados e 181 ainda sob investigação. As autoridades de saúde confirmaram duas mortes em São Paulo, enquanto outras 12 são tratadas como suspeitas. A situação exige atenção redobrada em todo o território nacional.

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O caso em Candeias do Jamari é o único notificado na região Norte, elevando a preocupação das autoridades de saúde e da população local. A notificação em Rondônia se junta a outras 12 unidades federativas e ao Distrito Federal, que também reportaram suspeitas ao Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS).

São Paulo é o estado mais afetado pela crise, com 162 notificações, incluindo 14 casos confirmados, dois óbitos reconhecidos e sete em apuração. Pernambuco registra 11 casos suspeitos e três mortes em análise, enquanto o Mato Grosso do Sul contabiliza cinco casos notificados, com uma morte em investigação. Outros estados, como Goiás, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Piauí, Rio de Janeiro, Paraíba e o Distrito Federal, também investigam casos suspeitos.

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No epicentro da crise, a Vigilância Sanitária Estadual e Municipal de São Paulo interditou nove estabelecimentos, incluindo bares e distribuidoras localizadas em bairros da capital e cidades da região metropolitana. As interdições visam conter a distribuição de bebidas adulteradas e proteger a saúde da população.

A Polícia Federal investiga a origem e a distribuição das bebidas adulteradas, com a hipótese de envolvimento de facções criminosas. A Polícia Civil de São Paulo apura a possibilidade de que quadrilhas especializadas em falsificação tenham utilizado metanol para limpar garrafas de bebidas originais, reutilizando os recipientes sem a devida higienização.

O metanol, um composto químico utilizado na indústria como solvente e na fabricação de combustíveis, tintas e plásticos, é mais barato que o etanol e, por isso, é utilizado de forma clandestina na adulteração de bebidas alcoólicas. A ingestão de metanol, mesmo em pequenas doses, pode causar danos graves à saúde, como cegueira, falência de órgãos e morte, devido ao seu efeito tóxico sobre o sistema nervoso central.

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Diante da gravidade da situação, as autoridades de saúde recomendam que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa e fiquem atentas aos sintomas de intoxicação por metanol, como dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva e dificuldade para respirar. Em caso de suspeita, é fundamental procurar atendimento médico imediato.

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