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Amapá registra retrocesso na segurança alimentar e tem o terceiro pior índice do Brasil, aponta IBGE

Macapá, AP – O Amapá apresentou uma queda preocupante nos índices de segurança alimentar em 2024, passando a ocupar a terceira pior posição no ranking nacional, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A proporção de domicílios com acesso pleno e regular a alimentos diminuiu de 69,3% em 2023 para 67,5% em 2024.
Enquanto o Brasil registrou um avanço significativo na segurança alimentar, passando de 72,4% para 75,8% no mesmo período, o Amapá seguiu na direção oposta. Apesar de manter cerca de 162 mil lares em situação de segurança alimentar, o número de domicílios com algum grau de insegurança alimentar aumentou de 72 mil para 78 mil. Isso significa que aproximadamente 291 mil pessoas no estado enfrentam acesso limitado a alimentos, um aumento em relação aos 263 mil registrados em 2023.
A pesquisa do IBGE classifica a insegurança alimentar em três níveis: leve, moderada e grave. No Amapá, 16,2% dos domicílios (39 mil) enfrentam insegurança leve; 7% (17 mil), moderada; e 9,3% (22 mil), grave. O estado também se destaca negativamente nas faixas mais críticas, com 16,3% dos domicílios em insegurança moderada ou grave, o segundo maior percentual do país, atrás apenas do Pará (17,1%) e bem acima da média nacional (7,7%).
Os estados com melhor desempenho são Santa Catarina (90,6%), Espírito Santo (86,5%) e Rio Grande do Sul (85,2%). Já os menores índices foram registrados na Paraíba (67,6%), Amapá (67,5%) e Tocantins (70,4%).
Os dados são provenientes do suplemento de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que utiliza a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) para avaliar a percepção das famílias sobre o acesso a alimentos nos 90 dias anteriores à pesquisa.
