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ENTRETENIMENTO

Buzeira teria movimentado em torno de R$ 19 milhões com contador Rodrigo Morgado, diz defesa

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Bruno Alexssander Souza Silva, o Buzeira, foi preso preventivamente pela Polícia Federal Foto: Reprodução/buzeira_oficial/Instagram

Entre as justificativas para a prisão preventiva do influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, o Buzeira, estaria a movimentação de R$ 19 milhões com o contador Rodrigo Morgado, também preso nesta terça-feira, 14. É o que aponta o advogado dele, Jonas Reis, dizendo que seu cliente é inocente.

A detenção dele é uma das 11 feitas pela Polícia Federal durante a Operação Narco Bet, contra um esquema de lavagem de dinheiro com o uso de bets vinculado ao tráfico internacional de drogas.

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A ação é um desdobramento da Narco Vela, realizada em abril deste ano, que teve como objetivo conter o tráfico internacional de drogas com veleiros e embarcações particulares, a partir do litoral brasileiro. Na ocasião, o contador e influenciador Morgado foi preso, mas acabou solto poucos dias depois. Nesta terça, ele foi detido novamente por força de um mandado de prisão.

Reis alega que seu cliente não tem qualquer vínculo com o crime de tráfico de drogas ou lavagem de dinheiro. O que ocorre, segundo ele, é que seu cliente foi alvo devido a operação que prendeu seu contador.

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“Na verdade, na decisão da prisão preventiva do Bruno, tem três parágrafos: o primeiro é que ele tem envolvimento com o Corinthians. O segundo parágrafo é que ele tem envolvimento com crime organizado. E o terceiro é que ele teve uma movimentação em torno de R$ 19 milhões com o Rodrigo Morgado”, esclareceu.

“Volto a dizer, Buzeira é inocente desta investigação sobre tráfico. Buzeira não bebe, não usa droga, não vai pra balada. É inadmissível Buzeira estar sendo acusado do crime de tráfico de drogas”, complementou.

Segundo o advogado do influenciador, a relação entre ele e Morgado é totalmente profissional, com contrato de prestação de serviço com a contabilidade do suspeito. Ainda conforme a defesa, todas as informações já foram declaradas à Polícia Federal, até mesmo pelo contador.

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“Bruno paga todos os seus impostos, não tem nada de legal, não participa de nada de Narco Vela […] O Rodrigo é um contador muito renomado no meio dos digitais influencers, sendo que, se fosse pra prender todos os clientes do Rodrigo, teria que trazer todos os digitais influencers para a sede da Polícia Federal, não somente o Bruno”, alegou

Ao ser questionado, o advogado afirmou que não sabe dizer quanto à apreensão dos dólares e do armamento na casa do influenciador, pois não acompanhou a busca e apreensão no endereço. Mas garante que seu cliente está tranquilo.

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“Bruno está bem tranquilo, bem sereno. A gente confia muito em Deus. A gente sabe que o Bruno não tem nada a ver com esta operação”, disse.

O rapaz deve passar por audiência de custódia ainda nesta terça-feira, em São Paulo. Reis confirma que entrará com o pedido de habeas corpus, mas ainda não teve acesso à íntegra do processo.

Nome no caso Corinthians e VaideBet e suposta ligação com o PCC

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O nome do influenciador e também do jogador do Fortaleza, Lucero, apareceram no relatório final da Polícia Civil, no inquérito do caso VaideBet e Corinthians, no qual é investigado supostos crimes no contrato estabelecido entre o clube e a casa de apostas, firmado em 2024.

Os dois não tem relação direta com a investigação e também não são indiciados, mas aparecem no relatório por terem realizado transferências financeiras com empresas suspeitas de lavagem de dinheiro.

“No do Corinthians ficou provado, até porque a denúncia, se a própria polícia não inseriu o Bruno na denúncia, é porque ele não tem nada a ver”, declarou o advogado do influenciador.

Buzeira também está sob investigação da Polícia Civil por suspeita de ligação com um traficante associado ao PCC, mas a defesa alega que ele é inocente. “Bruno não tem envolvimento algum com o crime organizado. A decisão que decretou a prisão preventiva, mandado de busca na casa, na residência de Bruno Alexander Souza Silva Buzeira, é totalmente genérica”, afirmou o advogado.

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Operação

As investigações apontam que o grupo criminoso utilizava movimentações financeiras em criptomoedas e remessas internacionais para despistar as autoridades, tentando ocultar origem ilícita dos valores e a dissimulação patrimonial.

A PF apura ainda que parte desse dinheiro movimentado pelo grupo teria sido enviado para estruturas empresariais vinculadas ao setor de apostas eletrônicas, as chamadas BETS.

Ao todo, foram cumpridos 11 ordens de prisão e 19 mandados de busca e apreensão, sendo um em Itajaí (SC), quatro em Mogi das Cruzes (SP), dois em Bertioga (SP), três em São Paulo (SP), três em Santos (SP), dois em Barueri (SP), um em Birigui (SP), um em Igaratá (S), um no Rio de Janeiro (RJ) e outro em Lagoa Santa (MG). Além disso, foram bloqueados montantes que, somados, chegam a mais de R$ 630 milhões.

Até o momento, foram apreendidos carros de luxo, dólares em espécie e um relógio. Ainda segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com indícios de atuação transnacional.

Outros presos

Além de Buzeira e Morgado, o influenciador digital Tácio Domingues, conhecido como T10, e sua esposa, também foram presos na operação. Segundo o advogado de defesa dele, Felipe Cassimiro, o influenciador não precisa se envolver com nenhuma atividade ilícita em razão de sua carreira digital.

Ele também diz que não teve acesso aos autos da operação, e que as provas incriminatórias que levaram à prisão de T10 – transações financeiras com Morgado – não são suficientes para comprovar sua culpa.

“Quem não transaciona com seu contador? O que não foi explicado é qual seria o vínculo dessas transações com o que se apura na operação”, afirmou, em entrevista coletiva. Segundo ele, a Justiça ainda precisa comprovar a ligação de seu cliente com os supostos crimes.

 

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