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POLÍCIA

Tribunal do Júri decidirá o destino de Pastor acusado de feminicídio e tentativa de homicídio no Acre

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Rio Branco, AC – Natalino Nascimento Santiago, um pastor evangélico de 51 anos, enfrentará o Tribunal do Júri após ser pronunciado pela Justiça sob a acusação de assassinar sua ex-esposa, Auriscléia Lima do Nascimento. Além do feminicídio, ele responderá por tentativa de homicídio contra o filho de 14 anos e por lesões corporais, em um caso que chocou a comunidade de Capixaba, no interior do Acre.

A decisão de levar Natalino a julgamento foi proferida pelo juiz Bruno Perrota de Menezes, da Vara Criminal de Capixaba, após a análise das provas e depoimentos colhidos durante a fase de instrução do processo. A data do julgamento ainda não foi definida, mas a expectativa é que ocorra nos próximos meses.

Atualmente, Natalino encontra-se detido no Complexo Penitenciário de Rio Branco, onde já cumpre uma pena de 35 anos de prisão por outros dois homicídios: o assassinato de uma mulher em Senador Guiomard e a morte de um homem no bairro Palheiral, em Rio Branco.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Natalino não se conformava com o fim do relacionamento e exercia um controle obsessivo sobre Auriscléia, buscando incessantemente uma reconciliação.

No fatídico dia 11 de junho, Natalino dirigiu-se à residência de Auriscléia, localizada no Polo de Assentamento Monte Alegre, em Capixaba. Após uma acalorada discussão, ele atacou a ex-esposa com golpes de terçado (uma espécie de facão), causando-lhe a morte. Durante o ataque, o filho adolescente do casal e o cunhado de Natalino também foram feridos.

Após dois dias de fuga pela mata, Natalino foi capturado por investigadores da Delegacia-Geral de Capixaba. Ele foi preso em flagrante e apresentado à Vara das Garantias de Rio Branco, que decretou sua prisão preventiva.

Com a pronúncia confirmada pela Justiça, Natalino aguarda o julgamento pelo Tribunal do Júri, onde sete cidadãos decidirão se ele é culpado ou inocente das acusações que pesam sobre ele. O caso reacende o debate sobre feminicídio e violência doméstica no Brasil, além de levantar questionamentos sobre a ressocialização de criminosos e a atuação de líderes religiosos envolvidos em crimes.

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