CIDADES
Governo do RJ identifica 99 dos mortos em megaoperação; 40 eram de outros Estados

O governo do Rio de Janeiro informou, nesta sexta-feira, 31, que foram identificados 99 dos 117 suspeitos mortos na megaoperação deflagrada nas comunidades do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro.
Do total de mortos — 121, segundo o governo do Estado —, 40, um terço do total, eram de outros estados:
13 do Pará
7 do Amazonas
6 da Bahia
4 do Ceará
1 da Paraíba
4 de Goiás
1 de Mato Grosso
3 do Espírito Santo
Entre os “narcotraficantes neutralizados”, como mencionou o governo, estão líderes do Comando Vermelho considerados importantes.
Russo, chefe do tráfico em Vitória (ES);
Chico Rato, chefe do tráfico em Manaus (AM);
Gringo, chefe do tráfico em Manaus (AM);
Mazola, chefe do tráfico em Feira de Santana (BA);
Fernando Henrique dos Santos, chefe do tráfico em Goiás;
DG, chefe do tráfico na Bahia (BA);
FB, chefe do tráfico na Bahia (BA);
PP, chefe do tráfico do Pará (PA);
Rodinha, chefe do tráfico em Itaberaí (GO);
Além disso, até o momento, a polícia identificou que 59 dos mortos na Operação Contenção têm ficha criminal. O governo também anunciou que 42 dos mortos tinham mandados de prisão em aberto.
“Trabalho primoroso da nossa perícia”, classificou o governador Cláudio Castro (PL) no vídeo.
O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi exaltou a “força-tarefa no IML (Instituto Médico Legal)”. “Uma rápida identificação desses narcoterroristas. E mostra justamente que o trabalho de investigação e inteligência que foi realizado nessa operação pela Polícia Civil e pela Polícia Militar estava correto. Um trabalho preciso de inteligência, que mostra aí o resultado: todos com anotações criminiais e todos esses narcoterroristas de extrema periculosidade, chefes de facções criminosas”.
Castro havia dito nesta semana que a Operação Contenção deixou apenas quatro vítimas, os quatro policiais que morreram na ação.
“Queria me solidarizar com as famílias dos meus quatro guerreiros, que ontem deram a vida para libertar a população. Àquelas foram as verdadeiras quatro vítimas que tivemos ontem. De vítimas ontem lá, só tivemos os policiais”, declarou. “Determinei que essas famílias sejam completamente amparadas e protegidas pelo Estado, para que a gente possa valorizar a nobre ação de pagar com a própria vida pelo bem comum”.