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ENTRETENIMENTO

Morre aos 100 anos a ativista Clara Charf, esposa de Carlos Marighella

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Clara Charf, esposa de Carlos Marighella Foto: Reprodução/ vera.vieira.313/Instagram

Uma das referências da esquerda no Brasil, Clara Charf, ex-companheira do guerrilheiro Carlos Marighella, morreu aos 100 anos, nesta segunda-feira, 3, em São Paulo.

O falecimento dela foi confirmado por Vera Vieira, diretora-executiva da Associação Mulher pela Paz, fundada e presidida por Clara. Segundo ela, a militante estava hospitalizada e intubada havia alguns dias e morreu de causas naturais.

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“A Associação iniciou suas atividades com a escolha das 52 brasileiras que compuseram a indicação coletiva das 1000 Mulheres ao Nobel da Paz 2005. Deixa um legado de lutas pelos direitos humanos e equidade de gênero”, afirmou. Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento.

História dentro da militância

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Aos 20 anos, Clara Charf mergulhou fundo na militância política e no ano seguinte se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), onde conheceu Carlos Marighella. Os dois viveram na clandestinidade e militaram contra a ditadura civil-militar em 1964.

Seu companheiro foi considerado inimigo número um do regime, após fundar a Ação Libertadora Nacional (ALN), em 1967, na qual Clara também fez parte. O relacionamento deles durou até 21 anos, até Marighella ser morto em 1969, por agentes da ditadura, em ação comandada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury.

Nessa época, Clara precisou se exilar em Cuba, onde ficou por dez anos com identidade falsa e trabalhando como tradutora. Ela conseguiu retornar ao Brasil logo após a promulgação da Lei da Anistia em 1979 e se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT), saindo de candidata a deputada federal em 1982.

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Considerada também ativista do feminismo, ela integrava a Secretaria de Mulheres do PT e o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Em 2003, fundou a Associação Mulheres Pela Paz, com o objetivo de combater a violência contra a mulher e dar visibilidade ao trabalho feminino.

 

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