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Corpo atribuído a ‘Japinha do CV’ era de homem da Bahia, diz Polícia Civil do RJ

Após a divulgação da lista com o perfil de 115 dos 117 criminosos mortos na megaoperação das forças de segurança nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, a Polícia Civil do Estado negou que a mulher conhecida como Japinha do CV ou Penélope estivesse entre os ‘neutralizados’.
A suposta morte da traficante viralizou nas redes sociais e chegou a ser confirmada por fontes ligadas à corporação, mas, nesta terça-feira, 4, a Polícia Civil informou que nenhum corpo feminino foi localizado.
As publicações que tratavam da morte de Penélope mostravam um corpo vestido com uma roupa camuflada e com o rosto desfigurado após ser alvejado por um disparo de arma de fogo.
“A imagem compartilhada era do corpo de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia. Contra ele, que tinha histórico criminal na Bahia, havia dois mandados de prisão ativos”, informou a Polícia Civil.
Conhecida pelo status de ‘musa do crime’, Penélope é tida como figura de confiança entre chefes do tráfico no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, ela costumava compartilhar fotos ostentando armas de fogo e roupas camufladas. Seu perfil teve as publicações apagadas após sua suposta morte viralizar.
A megaoperação, que contou com 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, deixou 121 mortos, sendo quatro policiais, segundo o governo do Rio de Janeiro. Outros 113 foram presos, incluindo 33 pessoas de outros estados. Também foram apreendidas 120 armas. Dessas, 93 são fuzis.
A operação não atingiu parte da cúpula do Comando Vermelho: Edgard Alves de Andrade, o Doca, apontado como maior líder da facção em liberdade, segue sendo procurado. Assim como Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala, Juan Pedro Ramos, o BMW, e Carlos da Costa Neves, o Gardenal.
Movimentos de direitos humanos classificam a operação como “chacina” e questionam sua eficácia como política de segurança. O grande número de vítimas também foi criticado pelo Alto Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que se disse “horrorizado” com a operação nas favelas.
Ao todo, 113 pessoas foram presas.